JOGO DE PALAVRAS I

JOGO DE PALAVRAS I  (Autoria: SÔNIA MOURA)

 

Na quinta passada

Eu fui à Quinta do João

Após a sesta do almoço

Peguei uma grande cesta

E, no dia seguinte,

Que era uma sexta,

Arrumei a cesta

Coloquei enfeites,

Algumas flores, um balão

E dei um laço bem lasso

Muito fácil de desatar

 

Em seguida,

Escrevi num papel com listras

Uma lista com o nome dos amigos

Entre eles estava o peão

Que também é campeão

Na arte de jogar o pião

E, antes de ele arriar

Do seu cavalo alazão

E começar arrear

O cavalo do João

Pedi-lhe, com discrição,

Que me fizesse a descrição

De um belo cavaleiro

Que, tomara!

Seja um ótimo cavalheiro

 

Naquela mesma hora,

O peão Adamastor

Começou o seu nariz  assoar

E a pensar que à noite

Ele iria  de um torneio participar

E queria muitas palmas

Sem ninguém a sua atuação assuar

 

Então, para se acalmar,

O peão resolveu tomar um chá

Como se fosse um

Pensando que no outro dia

Iria a um concerto

Mas antes precisava um conserto

Em seu carango fazer

 

Adamastor era esperto

E também era experto

Nestas coisas de mecânica

Não era um incipiente

E poderia o seu carro consertar

Pois também não era insipiente

Ele era intimorato

E também intimerato

 

Após a apresentação

Dos mais valentes peões

Adamastor limpou a sua sela

Bebeu um taça de sidra

E também comeu um doce

Feito com mel e com cidra

Depois, foi pra sua cela

Para dormir e sonhar

 

(Do livro: Brincadeiras de Rimar de Sônia Moura)

 

JOGO DE PALAVRAS

 

 

 

 

 

O CAVALO

 O CAVALO

O CAVALO  (Autoria: Sônia Moura)

 

O cavalinho Maneco

Andava pra baixo e pra cima

Carregando seus cacarecos

E dizia pra todo mundo

Que achava a vida boa

Gostava de uma festa

Gostava de trabalhar

Gostava de namorar

Só não queria mesmo

Seus trecos abandonar

 

 E assim lá ia o Maneco

Para lá e para cá

Carregando seus cacarecos

Sem deles se desligar

“- Maneco, você é cavalo,

E não um burro de carga,

Para tralhas carregar”

Diziam os amigos

Para o cavalo teimoso

Mas este não dava bola

E continuava pelo mundo

Seus troços arrastar

 

 Quando ia ao cinema

Ao baile ou ao mercado

Maneco nunca deixava

Seus pertences de lado

Ele nunca se queixava

Do peso que carregava

Ia pra baixo e pra cima

Andava por todo lado

A arrastar ninharias

Que nem ele percebia

Já não valiam mais nada

 

Um dia, destes estranhos,

Em que o sol se escondia atrás da lua

Sabe-se lá muito bem o porquê

Maneco acordou estranho

Saiu correndo pela rua

Sem um trequinho sequer levar

Daquele dia em diante

Maneco ficou livre

Do peso que transportava

E agora era o preferido

Da garotada do bairro

E levava pra lá e pra cá

A molecada pela rua

Todos riam e brincavam

E viviam muitos felizes

Enquanto Maneco cavalgava

Com as crianças em seu lombo

Trotando devagarinho

Para ninguém levar um tombo

 

Até hoje, as boas e as más  línguas

Dizem que foi o beijo que a lua

Naquela manhã festiva

Deu na bochecha do sol

Que libertou o Maneco

Daquela mania cruel

De arrastar pelo mundo

Aquilo que não mais prestava

 

E a partir daí

De cavalo muito cansado

Num cavalo mais alegre

Maneco se transformou

 

(Do livro; Brincadeiras de Rimar de Sônia Moura)

 

 

 

 

ESTRELAS

                             ESTRELAS

HOJE, ESTRELAS VIERAM ME VISITAR, DEPOIS PARTIRAM PARA OUTROS CÉUS, MAS DEIXARAM COMIGO A CERTEZA DE QUE EU TERIA UM DIA MUITO FELIZ!

SORRI PARA ELAS E COM ESTE SORRISO CONFIRMEI QUE ACREDITO EM MILAGRES, E A VIDA É O MAIOR MILAGRE QUE PODE EXISTIR.

ESTRELAS

JARDIM DA FANTASIA

jardim da fantasia

JARDIM DA FANTASIA  (Autoria: Sônia Moura)

 

Plantei um pé de carinho

Perto de um pé de amor

E de um pé de esperança

Coladinho a estes três

Nasciam um  pé de sonho

E um pé de alegria

 

 

Também vi, noutro canto,

Um de pé felicidade

Que agora florescia

Entre um pé de ilusão

Em forma de coração

No jardim da fantasia

 

(Do livro: Poemas em Trânsito de Sônia Moura)

VERBO DAR ou “QUEM BEBE DÁ DEZ!”

 

 

 VERBO DAR ou “QUEM BEBE DÁ DEZ!”

  VERBO DAR ou “QUEM BEBE DÁ DEZ!” (por Sônia Moura)

 

Preso num dos quiosques aqui da orla de Copacabana, o cartaz de uma bebida chamou minha atenção, dizia assim: “……. quem bebe dá dez!”.

Semanticamente, o verbo dar permite uma infinita variedade de significações, assim, no citado cartaz, temos claramente o jogo semântico, no qual o verbo pode indicar a atribuição da nota 10 (dez) à referida bebida e também pode representar a conotação sexual que é atribuída a este verbo, deixando em destaque o diferencial da bebida em questão, que mostra ter como principal elemento de sua fórmula, o estimulante e afrodisíaco guaraná.

Esta sensação, ilusão, vontade e/ou verdade, sobre o uso de bebidas afrodisíacas,  já vem de longe,  uma vez que o homem sempre procurou bebidas, comidas e amuletos, que fossem capazes de aumentar a capacidade sexual, são os chamados afrodisíacos, termo que data de aproximadamente cinco mil anos e  deriva do nome da deusa grega do amor e da beleza, a linda Afrodite.

E assim vamos levando as nossas vidinhas, entre cartazes que pensamos fazer os nossos cartazes em situações diversas, como melhorar ou proporcionar beleza, prazer, alegria e, principalmente nos atribuir poderes divinos.

Na verdade, ainda temos o nosso complexo de inferioridade bem apurado, pois, sendo humanos, buscamos o tempo todo, sermos Deuses.

Ai! de nós, pobres mortais, vamos pelo mundo a buscarmos poderes, que, às vezes, só estão em  palavras que nos fazem sonhar.

Continuemos a acreditar, quem sabe um dia certo e venhamos a alcançar o Olimpo?

 VERBO DAR ou “QUEM BEBE DÁ DEZ!”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Aventura dos Sonhos através dos tempos e dos eventos

I – A Aventura dos Sonhos através dos tempos e dos eventos  (por Sônia Moura)

Etimologicamente: Oniro (sonho); Mancia (adivinhação) – Oniromancia – Arte de predizer o futuro por meio da interpretação dos sonhos, arte esta praticada Desde os primórdios da humanidade, bruxos, sacerdotes e sacerdotisas pagãos e xamãs as têm utilizado para adivinhar o futuro, e na maioria das culturas, os Sonhos são vistos como o presságio em que melhor podemos confiar.

 Os sonhos e a história *os sonhos eram revelações dos deuses ou dos demônios; anunciavam o futuro; eram classificados como  verdadeiros ou falsos. Segundo mitologias gregas, o deus Hipnos seria a própria personificação do sono, e Oniro, a do sonho. Oneirocroticon: livro sobre sonhos escrito no século I a.C, pelo romano Artemídoro. Até meados do século XIX, os sonhos eram interpretados de acordo com os códigos das tradicionais “Chaves dos sonhos”, com a finalidade de prever o futuro.

 Sonhos e Filosofia – Para o filósofo Heráclito, o  mundo dos sonhos é individual e não é resultado de influências externas.

       Para Aristóteles, os sonhos são o reflexo do estado do corpo e podem ser usados pelos médicos para diagnosticar doenças; conceito este, reforçado  por Hipócrates, pai da medicina

       Santo Agostinho e São Jerônimo definiam os sonhos como eventos sobrenaturais e premonitórios.

 Sonhos e a Ciência- Uma definição científica:  o sonho é uma atividade mental que se repete todos os dias, normalmente enquanto dormimos.

 Sonhos e a Psicanálise FREUD: sonhos são desejos contidos; Freud também ressalta e privilegia a essência erótica dos sonhos; e ainda afirma que os sonhos também trazem para o sujeito sua própria realidade, pois, segundo ele,  só dormindo temos contato com o real.

      JUNG: a análise dos sonhos está associada à existência do inconsciente coletivo, dos símbolos e dos arquétipos. Os sonhos revelam os mais profundos desejos, mas não necessariamente estes estão ligados à sensualidade, à sexualidade ou ao erótico.

 Religiões

 TALMUD – sonhos contêm profecias; podem conter predições ou advertências; todos os sonhos contêm alguma coisa inverossímil.

BÍBLIA – em seus vários livros como Gênesis, Atos, Deuteronômio,  Salmos, encontramos sonhos e visões de profetas, entre eles:  Daniel, Jó, José, Samuel.

 ESPIRITISMO – sonhos podem ser  manifestação puramente cerebral; realização de desejo ou ser o desprendimento do espírito, em  atividades extra-corpóreas.

 SONHOS – algumas particularidades

 Os sonhos influenciam a nossa vida, mas também recebem influência dos dados do ambiente, são sensíveis a mudanças do meio e servem também como catapulta, pois podem nos auxiliar a compreender nossas vidas e iluminar planos futuros.

 *Sonhos ocorrem durante o sono REM (Rapid Eyes Moviment), é denominado como “sono paradoxal”. Este é o momento em que acontece intensa atividade registrada no eletroencefalograma (EEG); a atividade cerebral é semelhante à do estado de vigília e a atividade onírica é intensa. É durante essa fase do sono que é feita integração da atividade cotidiana, a separação do que é comum e do que é importante. O sono REM representa 20 a 25% do tempo total de sono e surge em intervalos de sessenta a noventa minutos.

 ·         Os sonhos são essenciais para o bem-estar físico e psicológico do indivíduo.

 * Sono NREM (ou não-REM) ocupa cerca de 75% do tempo do sono e divide-se em quatro períodos distintos conhecidos como estágios: estágio 1 – sonolência; *2 – dormir, não profundamente; 3 – sono intermediário; 4 – sono profundo, por cerca de quarenta minutos.

 *Ao dormir os sentidos “perdem-se” nesta ordem: visão, paladar, olfato, audição e tato. E “retornam”, na seguinte ordem: tato, audição, visão, paladar e olfato.

 Classificação dos Sonhos: proféticos e/ou divinatórios, de revelação, premonitórios, paranormais, arquetípicos,recorrentes ou de repetição,  lúcidos.

 Pesadelo

       Pode ter origem em algo real; ser provocado por mudanças não assimiladas, desejos não satisfeitos ou descobertas não muito felizes como qualquer outro sonho, pode estar relacionado ao passado de quem sonha.

 Por tudo que foi visto, cabe um alerta: Quem se dispõe a estudar os sonhos deve manter a mente sempre aberta.

 

 (Palestra proferida na Universidade Cândido Mendes – 2008)

                                             sonho

 

 

ENTRE O SOL E ALUA

                                              Entre osol e a lua

Hoje, o dia vai ser belo, hoje a vida irá me trazer belas surpresas, hoje serei mais feliz, pois acordei entre o sol que ainda bocejava e a lua que se despedia sorrindo para ele e para mim.

Senti que eles quase se beijaram, assim, espalharam o amor sobre este dia,  e deixaram em minha  boca, no meu  sonho, nas minhas certezas e incertezas o tom da felicidade.

Hoje,  acordei no colo da alegria.

ENTRE O SOL E A LUA

ILHAS

 

 ILHAS

 

 ILHAS  (Autoria: Sônia Moura)

 

 Eu pensei que sabia das coisas da vida

Mas o brilho da lua bailando no mar

Das ilhas por onde passei

Me deram a certeza de que eu deveria

Aprender muito mais

Sobre as coisas do amar

Que, como as ondas do mar,

Vão e vêm sem parar

E se espalham

Por todas as praias e cantos

Daquelas almas ilhadas

Pelo medo de amar

 

Entre uma ilha Grande

Tão bela quanto a outra, Bela

Visitei os recantos do seu olhar

Encontrei seu coração dividido

Percebi seu gostar tão desgastado

E tudo isto me fez sofrer e chorar

E pensar como são difíceis para você

Estas coisas do amar

 

Tendo que enfrentar o desafio à beira mar

Debrucei-me na janela de minh`alma

E me deixei pelos encantos das ilhas levar

Bebi o seu silêncio e o som a sua voz

E procurei meu coração acalmar

Quando tive a certeza de que você

Não foi feito para o amor

E muito menos para amar

 

Você quer portos inseguros

E navios sem amarras

Você quer a ilusão do gostar

Você quer a incerteza na hora de voltar

Para um lar que não existe

Como faz quem não sabe sonhar

 

Ilhada, penetro em teu coração

Como um peixe vadio

Que vive preso ao casco do navio

Nunca subindo a bordo

E descubro que ele é totalmente vazio

 

Seu coração é ilha deserta

E assim há de ficar

Pois este é o seu destino

Ser sempre um tolo menino

Sem sentimentos, sem sentir, sem amar

O que me resta é estes fatos lamentar

E desejar que cada um siga o seu destino 

Aportando no mundo do seu jeito

Esse é um direito

 

Eu, ainda prefiro ter a chance de sonhar

Eu, ainda desejo conjugar o verbo amar

E, se tiver que ser ilha,

Merecer fazer parte de um arquipélago

Só não quero ser uma ilha vazia

Uma ilha sem brilho ou sem alma

Este tipo de ilha eu deixo

Àqueles que, como você,

Não sabem de fato o que é viver

 

(Do livro: POEMAS EM TRÂNSITO de Sônia Moura)

 

 ILHAS

 

ENCRUZILHADA

ENCRUZILHADA  (por SÔNIA MOURA)

Etimologicamente, a palavra cruz origina-se do latim  1- crux, crucis- designa diferentes tipos de instrumento de suplício; 2 -crucius – significando atormentar, torturar; pregar na cruz; 3- cruciatus significando suplício, dor, sacrifício, aflição.

Sabendo-se o que está na raiz desta palavra, como se faz quando a vida nos apresenta uma encruzilhada e que nós temos a certeza de que precisamos tomar uma decisão e, no entanto, o destino ou  a vida colocam em nossas mãos, mentes e corações, e não só em nossas costas, uma cruz, ao mesmo tempo que nos vemos no entroncamento de caminhos a escolher e, perdidos, não sabemos o que fazer?

Aflição, palavra que também significa dor, agonia, angústia, irá acompanhar aquele que se encontrar numa encruzilhada, buscando uma luz que o guie ao caminho certo. Tudo leva a crer que a melhor resposta à pergunta que pesa sobre os ombros, a mente e o coração do que está angustiado é um segredo que somente o tempo poderá desvendar.

Na verdade, estar numa encruzilhada é estar dentro de um jogo de espelhos, no qual o que o jogador vê é solidão e melancolia.

Se fosse possível, quem sabe, um gênio ou uma fada-madrinha pudessem ser conclamados a nos ajudar. Pura ilusão! Não há artifício, mágica ou malabarismo que nos tire do meio da encruzilhada, somente aquele que lá se encontra pode decidir que caminho seguir.

Outra vez, só me resta aconselhar que nos voltemos à fé e à oração, pois, se não resolver o dilema, ao menos  ajuda a acalmar o coração, a mente e a alma.

 

ENCRUZILHADA

AVES PERDIDAS

                                                             Aves Perdidas

AVES PERDIDAS  (por Sônia Moura)

 

Depois de um tempo sem fazer a caminhada matinal à beira-mar, pois a chuva resolveu tomar o lugar do sol, felizmente no domingo (25/10/2009), o sol voltou a reinar e a iluminar o Rio de Janeiro, ainda que por pouco tempo.

A manhã trouxe alegrias: o encontro com os amigos de caminhada, a alegria de banhar-me nas águas copacabanenses, o papo que correu solto, porque estava tudo acumulado há muitos dias.

No entanto, a surpresa maior viria quando eu e Sérgio vimos o filhote de uma belíssima ave que quase se afoga, tentando sair do mar.

A ave era realmente bela, a plumagem negra contrastando com o branco do dia, os pés desproporcionais para o seu tamanho, mas este detalhe perdia para a beleza da cor daqueles pés e pernas – eram verdes, sim, eram verdes e para completar, no início de cada perna, havia um anel na cor de um vermelho bem vivo, que combinava com o bico também vermelho e, para contrastar, no final do bico, havia um detalhe em verde, o qual  só fazia realçar a beleza daquela ave.

Assustada, cansada, estressada, a ave recusava a nossa ajuda, ainda assim, conseguimos levá-la até areia e a deixamos lá, para que secasse sua bela plumagem e, quem sabe, voltasse para o aconchego de seus pares.

Continuamos nossa caminhada, mas o meu coração ficou apertado demais.

Será que ela se salvou, era tão bonita, será que a deixaram em paz, secando suas asinhas encharcadas. Será que conseguiu voar outra vez, será que chegou até seu lugar, será que encontrou seu bando?

O encontro com esta ave me remeteu às coisas da vida.

Quantas vezes nos encontramos perdidos, e, ainda  que tantas vezes,  como a ave,  por medo ou por descrença,  recusemos a ajuda, mas, se conseguimos entender que a ajuda será boa para nós,   as chances de sobrevivermos tornam-se grandes, se nos deixarmos guiar por  uma mão amiga que venha nos amparar.

Nesta manhã de segunda-feira, acordo muito cedo mesmo e resolvo escrever esta crônica, neste momento, a televisão exibe uma reportagem sobre jovens aves perdidas, que extraviaram-se do mundo, ao encontrarem o mundo das drogas.

Tristes fatos, tristes cenas, tristes verdades.

Um jovem mata a namorada num momento de fúria que a droga provocou.

Duas famílias perdidas, desoladas, sofridas, tão desnorteadas como a ave da praia; aves adultas que perdem seus filhotes para a desgraça das drogas.

O que nos resta fazer?

Acho que, antes de mais nada, precisamos rezar muito, sim, rezar. Não sou tão religiosa assim, mas creio na força da oração, ela é fonte de energia e se espalha fácil, dando sustentação nas horas tristes.

A seguir, devemos cobrar das autoridades maior esforço em debelar as fontes que deixam tantas avezinhas perdidas e a maioria, infelizmente, para sempre, criando leis mais severas, sem dó nem piedade, pois os que espalham a droga não têm pena de ninguém, seus corações já foram devorados pela ganância, só o dinheiro conseguido com a venda da droga os acalenta.

Desejo ardentemene que estas jovens aves encontrem em seus caminhos mãos amigas e que nela segurem, para que consigam sair do mar revolto, livrando-se das ondas, que as jogam para lá e para cá.

Oxalá, consigamos salvá-las antes que elas se afoguem.

Deus, proteja nossos ninhos e nossos pequenos passarinhos.

Senhor, tenha piedade de todos nós!

 

P.S.: Se alguém souber o nome da avezinha da praia, por favor escreva-nos.