MÃE!

MÃE!

Outras palavras são incapazes de captar integralmente o que representa este nome: MÃE.

Palavra que nasce do coração, desce pelos braços e se transforma em abraços, voa até os lábios e se materializa em beijos que nos fazem dormir serenamente e sonhar, mesmo estando acordados.

Palavra saída do ventre em forma de vida, imantada por encantos, por sorrisos. Alva espuma nascida das ondas do mar, brilho de cristal a espalhar amor, tesouro em forma de mulher, também conhecida como: MÃE!

 

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SONHAR NÃO CUSTA NADA

SONHO ESTRANHO

SONHAR NÃO CUSTA NADA [por SÔNIA MOURA)

 A coisa mais bela com que nos podemos defrontar é o misterioso. Ele é a fonte de toda a arte e ciência.” [Albert Einstein]

A história registra que o homem vem tentando, ao longo do tempo, conceituar os sonhos e seu caráter enigmático, na busca de entender o valor dos mesmos e desvendar como o jogo misterioso do sonho entrelaça realidade e fantasia, suscitando interpretações artísticas, simbólicas, filosóficas e psicanalíticas.

Ao mesmo tempo, os sonhos nos colocam na balança temporal do passado, presente e futuro, misturam-se às questões mitológicas ou confundem-se com os contos de fadas, podendo transitar pelo campo do sagrado e do profano, sofrendo, desse modo interferências dos deuses ou de demônios.

Tratados, teorias, definições e ritos não dão conta da imensa transcendência dos sonhos. Para alguns, o sonho não tem sentido, é apenas uma repetição do dia-a-dia; para Freud e Jung, é carregado de elementos simbólicos que levam ao conhecimento do e sobre o próprio homem; para outros os sonhos falam do futuro, falam das relações dos homens com o divino, falam da possibilidade de se entrar em contato com o invisível, com o indizível e com o extraordinário.

Definidos, ao longo do tempo, como “estados de consciência que ocorrem durante o sono” e ligados às nossas mais íntimas experiências, os sonhos nos permitem viver num mundo sem limitações no espaço e/ou no tempo.

Em sonho, penetramos nas cavernas do misterioso, onde, possivelmente, estarão refletidas nossas emoções, experiências, fantasias ou, quem sabe, entramos no campo dos segredos que precisamos desvendar.

Só os sonhos concedem ao homem, simples mortal, a onipresença, a onisciência e a onipotência, assim sendo, em sonho, somos deuses.

 

 

 

 

Tatuagem (Brevíííííssiiiimo relato)

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A tatuagem, como forma de expressão, de comunicação e de linguagem, é representada por símbolos de bravura, nobreza, rebeldia, divindade ou simples adornos corporais e estão em homens e mulheres desde os primórdios da civilização. Esta arte foi perseguida em vários momentos da história, mas resistiu com bravura e, atualmente, a sua forma principal de uso é como expressão de personalidade, sentimento, ou seja, como uma marca particular do indivíduo.

Pela leitura histórica das tatuagens, podemos ler/ver a arte de povos, seus costumes, sua cultura e podemos confirmar o mundo partido, de um lado os poderosos e do outros, os subalternos.

Identificando bandidos ou enfeitando poderosos, podendo unir tribos e espantando os inimigos; mostrando preferências ou escondendo  imperfeições, está entre nós há muitos, muitos anos, ainda assim a técnica primária não foi modificada, apenas adaptada, a saber, a aplicação de tinta na pele, ainda é feita por meio de agulhas que perfuram a derme.

Registros históricos (listamos alguns):  Entre 509 aC e 27 aC, os imperadores romanos determinaram que, para não serem confundidos com súditos mais bem afortunados, prisioneiros e escravos fossem tatuados;  em 787 , sob a alegação de ser coisa do demônio, o papa Adriano I proíbe as pessoas de se tatuarem; entre os séculos 15 e 17, durante a invasão da Bósnia e Herzegovina pelos turcos otomanos, os católicos tatuavam cruzes como forma de evitar rezar para Alá.

Fontes informativas: http://www.revistagalileu.globo.com e http://www.aratuonline.com.br/(adaptação)

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O Rei de Girgenti

 

ReigirgenteHoje, terminei de ler o belo romance de Andrea Camilleri – O Rei de Girgenti , enquanto a história recua no tempo como realidade amarga, cruel, doentia, a fantasia se apresenta em tintas de ironia e o  sobrenatural alimenta ainda mais a fantasia e remexe as certezas da realidade, e é assim que a realidade, a fantasia e o sobrenatural se esbarram e se complementam durante a narrativa. Camilleri ambienta sua história em um lugar imaginário[1], mas baseia-se em fatos verídicos sobre a vida de um homem chamado Zósimo.

Embora a Europa já se embalasse em braços e abraços Renascentistas, a pequena vila retratada no romance estava parada no tempo, vivia sob os ditames sociais da Idade Média, então, sem parar no tempo, o autor (re)escreve a  história, retratando –a  com boas doses de humor, simplicidade, e por vieses  escatológicos, sem nenhuma sutileza.

Este camponês e líder popular, indignado com a enorme desigualdade social, com a fome e com a injustiça, ousou desafiar e ridicularizar o alto clero e a Inquisição, destronou a  nobreza feudal e destituiu autoridades vigentes, deu de comer a quem tinha fome e tentou distribuir terras aos camponeses e, por pouco tempo, reinou em  Girgenti. Este sábio e corajoso homem incomodou muita gente.

Simplificando, mas não diminuindo o valor desse romance, esta recontagem com base histórica e recheio fictício (mas assim não é feita a História?) nos faz concluir que tudo muda, mas tudo continua igual, pois, na realidade, ao final da história (quase) sempre vencem os suseranos, enquanto os vassalos são encurralados e amordaçados, com os mãos e pés atados.

Desse modo, como soe acontecer, Zósimo, aquele que pretendia dar vez e voz aos necessitados, morre na forca ou… sai voando em sua comerdia[2] .  Cabe ao leitor decidir.

 

[1] Sicília ficcional, perto de Montelusa (Depois, Girgenti).

[2] Comerdia (no romance = pipa, pandorga, papagaio,arraia).

 

A gargalhada do vilão

A GARGALHADA DO VILÃO (Autoria: SÔNIA MOURA)

Algo que até hoje me deixa encafifada: Por que a gargalhada dos vilões é sempre tão gostosa?

Se não me falha a memória, foi Thomas Hobbes quem disse: a gargalhada nasce da satisfação de quem a emite, uma vez que este julga ocupar posição superior ao outro, de quem ele ri, ou melhor, gargalha. Bem, não garanto que foi exatamente assim que Hobbes defendeu a sua idéia, mas creio que não fugi tanto à sua definição, que, para mim, ainda assim não explica a gargalhada gostosa dos vilões.

Quem sabe se buscarmos na etimologia da palavra consigamos explicar esta gostosa “gargalhada”?

A raiz garg- da palavra gargalhada – é uma onomatopéia do ruído de água durante o gargarejo ou da garganta quando o alimento é engolido sofregamente. É, mas para mim, esta explicação também não responde à minha pergunta: Por que a gargalhada dos vilões é sempre tão gostosa?

É claro que podemos  rir do outro por nos sentirmos superiores ou por nos sentirmos ou nos julgamos inferiores ao outro, ou ainda, num esforço maior, podemos rir de nós mesmos, ou abafar o riso, fingir que nada aconteceu. Mas, dar uma gargalhada é muito mais que isto, é soltar uma risada forte, ruidosa e prolongada.

Por que será que a gargalhada dos vilões é sempre tão gostosa e atraente? Quem conseguirá se esquecer da gargalhada do Coringa ou de qualquer outro vilão? -Ninguém, sabem por quê? Porque as gargalhadas dos vilões são marcantes.

Bem, vou lançar aqui a minha teoria sobre a gargalhada do vilão:

O vilão ri tão gostoso, porque sabe que não precisará desistir de azucrinar a vida do “mocinho” (mesmo que o herói não seja assim, tão mocinho), pois este, mesmo que possa, não irá exterminá-lo, pois, como se sabe, a sobrevivência do herói depende da insistência do vilão, que se esbalda rindo, ou melhor, gargalhando da situação, sempre.

 

Coringa

 

Receita maravilha

 Receita maravilha

Receita maravilha

Bolo: Felicidade não é ter, é ser!


Ingredientes: sua essência, seu querer, sua confiança [quantidade necessária]

Modo de agir:

Primeiramente, seja menos exigente com você, só então, junte os ingredientes, faça as pazes com sua autoestima, colocando um tanto de carinho em sua conta especial, em seguida, diminua as expectativas, não espere muito, só assim entenderá que conseguirá o que, de fato, for importante, acrescente a tudo isso, a certeza de que você pode tudo o que quiser.
Deixe dourar com o calor de sua vontade da sua mente e sirva-se à vontade.