O DONO DO BANCO

O Dono do Banco
(Autoria: SÔNIA MOURA)

Era pessoa importante. Todos o conheciam e todos (ou quase todos), naquela cidade, deviam a ele. A bem da verdade, não tinha mesmo como escapar, por isso os moradores confessavam abertamente sua dependência em relação àquele homem.
Ele era bondoso, por isso todos sabiam que podiam contar com ele, nas horas difíceis de suas vidas. Seu ar de importante, como diziam os conterrâneo, não anulava sua bondade, seu bom caráter e sua vontade de ajudar.
Dizer que ele não cobrava “juros”, é incorrer em erro. Cobrava, claro que sim,mas, ainda assim, todos reconheciam que seus serviços valiam ser bem pagos. Ninguém se importava com os juros por ele cobrados.
Seu Malaquias era uma figura ímpar,  parecia igualar-se ao pé de jacarandá que estava fincado no meio da praça, sabe-se lá há quanto tempo.
Ambos imponentes, ambos espécimes de muita fibra, ambos altivos e que iriam durar muito, só não deveriam ser retirados de seu habitat, isto seria um crime. Independente do que diz o IBAMA, era crime porque ambos eram amados pelos seus.
Durante anos, seu Malaquias cuidou daquela praça como se fosse o quintal de sua casa, aliás, a praça era a sua casa.
Antes do amanhecer lá estava ele cuidando de tudo e de todos: dos bancos, do busto do ilustre fundador da cidade, das plantas, do lago, dos bichos (gatos vadios, peixes coloridos, pássaros cantadores, cães de rua e dos patinhos do lago).
Numa certa manhã primaveril, seu Malaquias foi encontrado morto, sentado no banco da praça. Parecia sorrir para as flores amarelas do enorme flamboyant que, dizem, ele plantara naquela praça, quando era um menino de calças curtas.
Quais os juros cobrados por seu Malaquias? Muito simples: exigia que tratassem a natureza com desvelo, amor e carinho. Eram  juros mais que justos.
Os moradores, a quem seu Malaquias tanto ajudara, dando conselhos, ajudando aos pais, pois ali ficava observando as crianças , enquanto estas brincavam e já as livrara muitas de perigos; aos mais velhos que contavam sempre com sua palavra amiga, enfim, a toda a gente, para a qual ele deixou aquele tesouro, cravado no coração da cidadezinha do interior, todos concordaram que aquele banco era do seu Malaquias e dele sempre seria.

Assim, seu Malaquias passou para a história da cidade, como o dono do banco. Até hoje, passado tanto tempo, lá está o banco e uma placa com a seguinte inscrição: “Ao amigo Malaquias, a cidade reserva, para sempre, este lugar, ele é o dono deste banco.”

((Do livro Súbitas Presenças de SÔNIA MOURA)

                           Banco da praça

O QUE NOS PERMITE O ESPORTE?

                                                           ESPORTES

O que nos permite o esporte?

Ganhar? Perder? Sofrer? Chorar? Sorrir?Sim, é tudo isto e muito, muito mais.

Não sei em que momento, as bandeiras são balançadas, carregadas, sacudidas, hasteadas com tanta vibração, orgulho e carinho.

Não sei em que momento, homens abraçam homens, mulheres abraçam mulheres, homens e mulheres se abraçam, com toda o amor e gratidão que somente aqueles que vivenciam o momento de glória ou de derrota podem entender o poder de se dividir alegria ou tristeza.

Não sei em que momento, a quilômetros de distância, todos choramos, gritamos, esperneamos, damos ordens, recados, reclamamos, de uma forma pré-lógica, pois sabemos que os atletas não irão ouvir nossas mensagens, ainda assim, gritamos, pedimos, ensinamos, como se fôssemos todos técnicos, porque somos todos irmãos desejando a alegria de todos.

Não sei em que momento, a vitória ou a derrota nos faz sorrir ou chorar como se as medalhas ou os resultados estivessem também em nossas mãos, ou como se a ausência deles fosse de nossa total responsabilidade.

Não sei em que momento, no mundo, as nações se unem em nome de um amor incondicional, o amor à pátria querida.

Não sei em que momento, os hinos fazem nossas lágrimas rolarem mansamente, pois sabemos que ali há um pedacinho de cada um de nós.

Não sei em que momento, homens e mulheres sacrificam suas famílias, seus estudos, seu lazer para se dedicarem a um sonho dourado, prateado ou bronzeado, dividindo e compartilhando seus sonhos e para que todos possam se sentir parte dos sonhos, muitos sacrifícios são feitos por poucos, para a alegria de todos.

Não sei em que momento, um segundo pode levar à glória ou à derrota, às vezes, tudo muda em frações de segundo, e, ainda assim, homens e mulheres não desistem e continuam a lutar, a buscar seus sonhos.

Não sei em que momento, após a “luta”, alegres ou tristes, os que estavam em lados opostos da disputa, se abraçam, se cumprimentam, uma vez que não são inimigos, foram apenas adversários defendendo as cores de suas bandeiras.

Eis o que o esporte nos permite: a visão clara de que podemos viver unidos em paz e amor.

(Até a próximo momento de PAZ no mundo!)


[Autoria: SÔNIA MOURA]

BOLAS COLORIDAS

Bolas coloridas (por SÔNIA MOURA)

Mãe e padrasto são suspeitos de torturar menina de 3 anos em SP

A mãe e o padrasto de uma menina de 3 anos foram indiciados em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, suspeitos de torturarem a criança. Os dois foram denunciados pela avó materna da menina, na última terça-feira (19), segundo informações da Secretaria de Segurança Pública.

(…)

Segundo a polícia, os dois confessaram as agressões e torturas. O padrasto teria contado que batia e dava choques elétricos com um fio e uma corrente ligados em uma tomada. De acordo com a polícia, a mãe disse que agredia a menina com uma vara. Uma corrente e um fio cinza foram apreendidos.A polícia pediu a prisão temporária dos dois suspeitos, que foi negada no mesmo dia. Os dois permanecem soltos. O inquérito está sendo finalizado na delegacia responsável pelo caso. De acordo com a polícia, o Conselho Tutelar de Taboão da Serra deu a guarda da criança para a avó materna, que denunciou o crime.

[http://g1.globo.com – VIA – www.niu.com.br]

Até quando, deus meu, estes absurdos continuarão a acontecer?
Refiro- me a:

1- Maus tratos a crianças por pais, mães, padrastos, madrastas e outros mais…

2- Como a “justiça” permite que estas criaturas fiquem soltas? Não dá para entender, principalmente porque eles confessaram que praticavam atos bárbaros com esta inocente menininha.

Só nos resta pedir que Deus a proteja e que as marcas não a tornem uma pessoa tão cruel quanto os seus torturadores, por isso, desejamos que tudo de ruim que foi feito a ela seja levado para bem longe, e que esta menininha só consiga ver as bolas coloridas que hão de afastar de sua vida as lembranças nefastas, assim como estes dois monstros que amarguraram e entristeceram sua vida.

Balões coloridos

SALVEMOS NOSSAS CRIANÇAS!

DUAS FAMÍLIAS EM “A CAVERNA” DE SARAMAGO

                                  Família de Papel


DUAS FAMÍLIAS NA CAVERNA 

Um breve estudo sobre a família de A Caverna, de José Saramago –


[Autoria: SÔNIA MOURA]

Em A Caverna, Saramago nos traz o modelo da família portuguesa do séc. XX – a família nuclear, na qual as relações familiares se definem por atitudes pontilhadas de afetividade, como se pode observar ao longo de toda a narrativa: “… tinha-se posto no lugar do pai e sofreu como ele estava sofrendo…” (AC – p.35).
Unidos na dor e na alegria, Cipriano Algor, a filha e o genro (que não tem uma relação das melhores com os pais) vivem naquela rotina tão mal falada e tão desejada; não há traição, desconfiança, descasos, todos se ajudam, mesmo no momento de maior conflito: a ida para o centro, pode-se observar que todos desejam manutenção da união familiar:

…Porque gosto de conversar consigo como se não fosse meu pai, gosto de fazer de conta, como diz, de que somos simplesmente duas pessoas que se querem muito, pai e filha que se amam … Julgava que a pior coisa que lhe poderia suceder seria ver-se separado da sua filha…(AC- p.67).

Mais tarde, dois novos membros vêm-se somar a esta família – ACHADO o cão-gente, símbolo da fidelidade canina e também símbolo da resistência e Isaura Estudiosa (Madruga), símbolo do recomeço e do amor na maturidade. A chegada de outro componente familiar é anunciada desde o início do romance, sem haver, porém, o nascimento deste novo membro das famílias Algor/Gacho.
No centro desta narrativa está a história do homem de outrora e o de agora, colocado no centro da periferia rural ou do mundo globalizado, seguindo a narrativa de Barthes que diz: . “…a escritura é um ato de solidariedade histórica.” (BARTHES, 1971 p. 23).

Colocaremos duas famílias em destaque – as duas famílas da Caverna: a família Algor e a família de papel, ambas apresentam-se socialmente {con} e [inter] textualizadas. A primeira transita entre o rural, a cidade e/ou o Centro; a segunda é a “livre e feliz” prisioneira do cartaz. Esta não transita, não fala, não reclama, não chora, apenas sorri, sorri…

A família Algor convive com o passado da olaria, com o forno antigo e suas representações simbólicas de vida (e nele que se consuma o nascimento das peças e dos bonecos de barro). Sua história dialoga, faz uma releitura e associa – se à escritura sagrada do barro transformado em gente.
Apesar de viver num mundo globalizado, o patriarca da família – Cipriano Algor – ainda consegue surpreender-se com a família de papel– representação idealizada – e, através dela, imaginar a sua própria família reprisada, e aprisionada no Centro, como a família de papel:

“Ainda acabaremos os três num cartaz daqueles, pensou, para casal jovem já têm a Marta e o marido, o avô seria eu se fossem capazes de convencer-me , avó não há, morreu há três anos, e por enquanto faltam os netos, mas no lugar deles poderíamos pôr o Achado na fotografia…” (AC- p.93)

Desta forma, apresentada em seus altos e baixos – “ …a vida das famílias nunca foi o que se pode chamar um mar de rosas, vivemos algumas horas boas, algumas horas más, e ainda muita sorte por quase todas serem assim-assim” (AC – p.211/212) a família real contracena com a família virtual, com a que pode ser desfeita com a mesma rapidez com que é feita (fotografia, computação gráfica), assim como, dependendo dos interesses em jogo, pode ser refeita. Esta é a família dos tempos globalizados: perfeita, planejada, desejada e invejada, é a intertextualização com o Centro também perfeito, planejado, desejado e invejado. Mas esta é, também, uma família – refém, uma família dublê da ilusão:

“O cartaz…exibe imagens de famílias felizes, o marido de trinta e cinco anos, a esposa de trinta e três, um filho de onze anos, uma filha de nove, e também, mas não sempre, um avô e uma avó de alvos cabelos, poucas rugas e idade indefinida, todos obrigando a sorrir as respectivas dentaduras , perfeitas, brancas, resplandecentes.”(AC – p. 93)

Referindo-se à iconografia da família no século XIV, Philippe Ariès diz que, na representação apenas um sujeito aparecia e, geralmente, sua imagem era associada a seu ofício: “era como se a vida privada de um homem fosse, antes de mais nada, seu ofício”, (ARIÉS s/d p. 196) e no século XV, segundo Ariès, começavam a mostrar a representação familiar, a vida privada, a partir da rua (público) para depois trazê-la, outra vez, ao âmbito do privado. O cartaz do Centro de A Caverna (séc. XX), exibe a vida privada e a representação da família como sendo, antes de mais nada, o modelo de felicidade, harmonia, beleza, equilíbrio; esta é uma família modelo (todos são modelos ganhando os seus cachês!).

Sennet afirma que “o público era uma criação humana; o privado era a condição humana”, no centro, o público e o privado estão acorrentados na mesma cena e no mesmo cenário , embora feita de papel, é a representação familiar, portanto, contemporaneamente, ligada ao privado, confinado no cartaz que está dentro do Centro, espaço público, (embora ali também se instalasse o privado à moradias, apartamentos), desta maneira a dupla representação (con)funde-se num único bloco.

Considerando- se serem aqueles que moravam fora do Centro um “grupo” à parte, e, sem perdermos de vista as diferenças de cada época e de cada período histórico no que concerne ao conceito sobre a família e sociedade, se voltarmos à Idade Média, encontraremos o público e o privado habitando o mesmo espaço físico. Estaria a família de papel, presa no cartaz do centro, represando o mito do eterno retorno?

Falando sobre a personalidade coletiva, Richard Sennet diz que: “ A entrada da personalidade para dentro do domínio público, no século XIX, preparou a base para a sociedade intimista” (SENNETp.271), e, para ele, a sociedade intimista apóia- se em dois pontos, em dois princípios: o narcisismo e a comunidade destrutiva; enquanto o primeiro obscurece a capacidade de julgamento da realidade, o segundo, aprisiona as pessoas. (SENNET 271).

No Centro, por certo, estes princípios são colocados em prática, e esta família de papel retratada dentro deste universo, espelha o fantástico mundo das ilusões, da organização, da manipulação. O Centro aprisiona as famílias reais e a família do mundo fictício, do mundo da dependência econômica, espacial e psicológica, é a família- mito. A imagem desta família enquadrada, empapelada, colorida é a intertextualidade, é o presente, é o retrato revelador do que o Centro faz às pessoas: molda vidas, famílias, sorrisos, máscaras, tirando-lhes o desejo de reação e de percepção, muito comum nos dias atuais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar Editores, s.d.

BARTHES, Roland. O grau zero da escritura. Trad.: Anne Arnichand e Alvaro Lorencini. São Paulo: Cultrix, 1971.

CAMPOS, Simone Silva. No Shopping. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2000.

DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo. Trad. Estela S. Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

SARAMAGO, José. A CAVERNA. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

SENNET, R. O declínio do homem público – As tiranias da intimidade. – 7. reimp. Trad. Lygia Araújo Watanabe. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

{A sigla AC refere-se à obra em estudo: A Caverna de José Saramago.}

Autoria: SÔNIA MOURA

QUEM PODE….

 QUEM PODE…

Câmara fará recesso branco na 2ª semana de setembroA Câmara deverá ter votações no plenário amanhã e na primeira semana de setembro e, a partir daí, entrar em um recesso branco para permitir que os deputados se dediquem às campanhas eleitorais municipais sem a necessidade de estarem em Brasília. A condição imposta pelo presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), para liberar os deputados foi a de votarem os dez projetos que já estão na pauta acertada entre os líderes partidários na semana passada.

Quando não há votações marcadas, a presença do parlamentar não é exigida e não há corte de salários. “Nós vamos trabalhar por tarefas”, afirmou Chinaglia. Ainda hoje, ele reunirá os líderes partidários para decidir se amplia a lista das propostas que deverão constar da pauta e acertar as votações de amanhã. “Se concluirmos as votações, poderemos ter reuniões das comissões e não haver votação no plenário na próxima semana”, disse o presidente. Chinaglia pretende repetir amanhã a produção da semana passada, quando, na quarta-feira, foram votados dez projetos, nenhum deles  polêmico.

[http://www.atarde.com.br/politica/noticia – VIA – www.niu.com.br]

É, como dizia minha avó: QUEM PODE, PODE!

                                                                                                                        oS PODEROSOS

SALVAÇÃO

armamento

Professores poderão dar aula armados em escola do Texas

Professores de um distrito no Estado americano do Texas obtiveram permissão para levar armas para a sala de aula no próximo ano letivo, que começa ainda este mês, no que pode ser o primeiro caso do tipo.

[http://www.bbc.co.uk – VIA – www.niu.com.br]

Será que estou lendo certo? É isto mesmo: Professores armados em sala de aula?
Esta foi a minha reação ao ler este descalabro, este absurdo. Já pensaram se a “moda” pega?
Onde este povo está com a cabeça?
Claro que alguém vai defender esta insanidade, dizendo: em algumas escolas americanas já aconteceram massacres que provocaram a morte de professores, alunos e funcionários ou, em escolas brasileiras, professores são agredidos e alunos são mortos por outros alunos. Não há como contestar esta infeliz verdade, porém, há como contestar esta sandice, que de nada adiantará só irá acirrar loucos e loucuras, tenham a certeza esta decisão redundará em mais mortes.
Professor precisa estar armado de paciência e sapiência; de alegria e sabedoria; do prazer de ensinar e aprender.

Nada além disso, nada.

SERÁ QUE ESTE MUNDO TEM SALVAÇÃO?

“Trinta homens erguem ônibus para salvar grávida atropelada em Nova York

NOVA YORK, EUA (AFP) – Pelo menos 30 homens ergueram um ônibus, em Nova York, ontem, para socorrer uma grávida que havia sido atropelada por esse veículo, informou o jornal “New York Post”, nesta sexta, acrescentando que a mãe morreu, mas foi possível salvar o bebê.
(…)
Em sua edição de hoje, o “New York Post” conta que “30 homens fizeram um esforço sobre-humano para levantar o veículo, permitindo, milagrosamente, salvar o bebê antes da morte da mãe, grávida de sete meses”.
A vítima foi levada para o hospital, onde o bebê nasceu por cesariana poucos minutos antes do falecimento da mãe.”
[http://br.noticias.yahoo.com – VIA – www.niu.com.br]

Estas duas notícias nos levam a acreditar que precisamos manter a esperança sempre e para que possamos afirmar confiantes:

O MUNDO AINDA TEM SALVAÇÃO!

                                                                       BEIJA-FLOR E A FLOR

Á Yang Peiyi, com carinho

Vejam a que ponto chega a “loucura dos incautos, que privilegiam a beleza e a perfeição”

Menina que cantou na abertura da Olimpíada foi dublada 
(Michael Bristow BBC em Pequim)“ Lin Miaoke encantou a platéia ao cantar na cerimônia, mas a voz não era dela.
O diretor musical da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim admitiu que uma menina que apareceu cantando durante o evento, foi dublada por outra menina, que não foi considerada bonita o bastante para se apresentar no palco.”
(…)
“*Yang Peiyi, de 7 anos, disse ao jornal chinês China Daily não ter se arrependido de ter emprestado a voz a Lin e que ficou feliz em ter participado da cerimônia.   (*Será???)

[http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc – VIA – www.niu.com.br]

O que fizeram a esta criança?? , meu Deus, os adultos estão loucos!

Que marcas este ato poderá trazer a esta e a outras crianças, mesmo à menina dubladora?

Os bonitos que decidiram que Lin Miaoke é mais bonita que Yang Peiyi,  que nos perdoem, mas ser sensato é fundamental.

Yang Peiyi

Querida Yang Peiyi você é linda, feio é o que eles fizeram.  E que bela é a sua voz!

Abraços afetuosos.

Sônia – uma adulta que procura ser sensata.

O SONHO

O Sonho

                   (Autoria: SÔNIA MOURA)

Meus filhos e meus netos estão dizendo que eu estava dormindo. Qual! Eu estava sonhando. E que sonho! Sabe, Cleo, era um sonho lindo, mas lindo demais.
Sabe o Alfredo, sabe, é aquele mesmo, lembra dele? Pois é, menina, eu estava sonhando com ele. Ah! Cleo, ele estava lindo. E o sorriso? Menina, estava mais radiante ainda.
Eu ficava olhando para ele com aquela cara de boba, ele era lindo…Se eu era apaixonada? Se eu era apaixonada? Ah! Você só pode estar brincando.
Mas voltemos ao sonho.
Lembra? Ele adorava roupas claras, e como se vestia bem, nossa! No sonho, sabe, ele estava com uma roupa clara, muito bonita, que até parecia brilhar com a luz daquele lugar, cujos reflexos pareciam quadros nas paredes, que davam um ar de mistério ao ambiente.
Alfredo sorria e acenava para mim. Nem sei porque, mas eu relutei um pouco, mas não resisti e fui chegando, até que nossas mãos se tocaram. Senti uma alegria, Cleo, mas uma alegria que não dá para descrever.
Parecia que o mundo se mudara para outro lugar ou era eu que estava me mudando. Eu estava-me sentindo nas nuvens. É, esta era a sensação, eu flutuava.
E já fazia tanto tempo que não nos encontrávamos…
Não sei se eram os meus olhos ou se eram apenas coisas de sonho, mas Alfredo continuava o mesmo, sei lá, parecia também que ele não falava, mas eu compreendia tudo, então, ele me pegou pela mão e fomos caminhando (ou seria flutuando?) por um lindo lugar, senti a sua declaração de amor, e esta penetrou cada poro do meu corpo, entrou na corrente sangüínea, Cleo, e eu pensei que estava tendo um “troço”.
Cleo, agora me diga, por que meus filhos, netos e amigos estão ali chorando e dizendo: Ela estava dormindo! Ela estava dormindo! Era só me perguntar que diria a eles: eu me embrenhei para dentro deste sonho e me perdi, ou melhor, me achei e achei o meu amor.
Cleo, que nariz vermelho é este? Cleo? Está-me ouvindo? Você está chorando? Por quê? Cleo, Cléééééooooo! Desculpa-me, eu sei que minha alegria não está combinando com este ambiente, mas é que eu estou muito feliz!
Que coisa estranha, ninguém fala comigo. Isto é um enterro? Quem morreu? Quem? Alfredo? Você também está aqui? Veio me buscar, que bom! Espera só um pouqinho, quero ver quem está no caixão. Sou eu? Eu? Estranho, ainda assim não consigo ficar triste.
– Já vou, Alfredo, agora sei que está na hora, quero só dar um beijo em meus filhos e netos. Eu sei que eles não vão retribuir, acho que não vão sequer sentir, mas eu preciso me despedir.
Vamos?

(Do livro Súbitas Presenças de SÔNIA MOURA)

Sonho bom

DECLARAÇÃO DE AMOR

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Declaração de Amor
(Autoria:Sônia Moura)

Pai, no seu dia eu vou-lhe dizer:
AMO VOCÊ, pai! AMO VOCÊ!

Embora muito ausente,
(Esta dor em mim não me desmente)
Mesmo assim, pai, eu quero lhe lembrar:
Sou parte de você, sou sua semente,
Sou seu retrato que já se multiplicou,
Sou sua imagem com novos retoques,
Sou seu ímã, sou seu rastro.

Pai, querendo ou não,
Arrasto sua memória  pela vida afora
Gostaria de ter você na lembrança,
Como um amigo que brincou comigo.
(Acho mesmo que desejo o impossível)

Mas, pelo menos gosto de me lembrar
do seu sorriso.
Sou a sua cara – todos dizem,
Bate uma pontinha de orgulho
Quando escuto isto.

Pai, o seu jeito brincalhão,
Ficou comigo, temos o mesmo gênio,
O mesmo riso, a mesma emoção.
Sei que pode parecer comum,
mas vou confessar:
Pai, você mora no meu coração!

Até hoje, pai, a menina que ainda mora em mim
Lamenta o que não vivemos e
A todo o momento, parece repetir:
Pai, fica comigo,
Pai, sorri para mim,
Pai, me dá o seu abraço,
Pai, quero ficar em seus braços,  até o fim.

TODO PAI É UM HERÓI- SEMPRE!

TODO PAI É UM HERÓI – SEMPRE!

(Autoria: SÔNIA MOURA)

Lindo, lindo demais!
Assim é nosso pai
E ai de quem diga que não é verdade!
Nosso pai é sempre, sempre demais:
Sábio, forte, grande, sabe tudo, sabe nada,
É chato, é bom, é amigo, implicaaannntteee!
– Me dá um dinheiro, pai?
– Ah!, pai, deixa eu ir
Sorrisos, afagos, brigas,
Pai, você vem cedo? Me traz um doce e uma boneca?
Pai, me leva ao jogo? Compra a camisa do time?
Fazer a festa. Não faz mais festa, pai, cresci!
Apanhar na festa, sem pijama, tá, pai?
O primeiro namorado é o pai,
O primeiro herói é o pai, o grande atleta também.
Pai não é só o marido da mãe, não,
Pai é muito mais, Pai é tão mais,
Que existe um na terra e outro no céu
Assim, a gente sabe que nunca fica sem um PAI!

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[ANTECIPO-ME AO DIA EM QUE OS PAIS SÃO HOMENAGEADOS,  ENVIO A TODOS ESTA MENSAGEM PARA QUE NÃO SE ESQUEÇAM DA IMPORTÂNCIA DE SUAS PRESENÇAS  EM NOSSAS VIDAS.]