VALSAR

VALSAR

(Autoria: SÔNIA MOURA)
A valsa do baile
O balé dos corpos
Trazendo à vida
Esperanças mortas

Pernas e braços
Colados num só
A dança transformou
Desesperança em pó

Valsando ao vento
Sorrisos e afagos
Nos deram a leveza
Dos jovens amantes

O mundo sumiu
Ficamos nós dois
Feito crianças
Valsando no sonho
Afagando a esperança

Não houve cansaço
Não houve promessas
Havia a música
Havia a paz
Havia o desejo
De quem a vida refaz

Terminado o baile
Tal qual Cinderela
Deixei meu sorriso
Para você me encontrar

Leve-me ao seu reino
E me encante ainda mais
Pois na valsa da vida
Dizem os sábios
Que de tudo, o amor é capaz!
{Do livro POEMAS EM TRÂNSITO de SÔNIA MOURA}

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A MOSCA (BENDITA?)

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Rio de Janeiro, 06 de agosto de 2008.

Caríssima amiga

Lembra-se de que, na semana passada, você me argüiu sobre o porquê de a mosca existir? Por que existe “esse bicho nojento”?,você falou, fazendo cara de nojo.
E eu, rindo da sua cara de aversão ao bicho, respondi: – Não sei dizer, mas acho que a natureza, sábia como  é, deve ter alguma razão para deixar “esse bichinho nojento” voando por aí, livre, leve e solto.
Amiga, parece que nossas preces foram ouvidas e encontraram uma utilidade para a existência “desse bicho nojento”. Oxalá os cientistas estejam certos, só assim teremos uma boa resposta à sua pergunta.
Leia o texto anexado, e, alegre-se: A mosca, pelo menos enquanto larva, servirá  para muita coisa, pois ajudará a salvar vidas.

Abraços afetuosos.

Desta sempre sua amiga, Sônia.

Cientistas britânicos criam antibiótico a partir de larva de moscaLarvas de mosca têm propriedades terapêuticas
Cientistas britânicos afirmam estar desenvolvendo um antibiótico a partir de larvas de moscas que pode ser eficiente para tratar formas severas de infecção hospitalar.

(Compilado do site: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc – VIA – www.niu.com.br)

EQUAÇÃO

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EQUAÇÃO [Autoria: SÔNIA MOURA]

Alguém me perguntou
Como é possível viver sem amor
Alguém me perguntou
Como é possível viver sem amar
Alguém me perguntou
Como é possível viver…

Não sei dizer, não sei dizer

Só sei que é preciso viver
Que é preciso seguir
Que é preciso sorrir
Que é preciso chorar

Não sei como consegui
Só sei que eu sobrevivi
Não sei e não entendi
Só sei que prossegui

E eis-me aqui
A sorrir para o amor perdido
A chorar pelo amor passado
A desejar um amor presente
Que seja perfeito, imperfeito
Ou mais-que-perfeito,
Mas que tenha futuro
E invista em nós,
E se amarre em laços
Para que possamos
Acertar o passo

(Do livro POEMAS EM TRÂNSITO de SÔNIA MOURA)

ERA UMA VEZ…

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ERA UMA VEZ… [por Sônia Moura]

Ontem fui ao cinema assistir ao filme Era Uma Vez… do diretor Breno Silveira. O filme mostra o romance de Nina (Vitória Frate), uma garota rica da zona sul carioca e Dé( Thiago Martins), um rapaz pobre e honesto.

Seria uma história comum: amor difícil, vida difícil, situações difíceis, mas que, no filme, misturados a um lirismo gostoso e apoiado pela bela trilha musical e por uma fotografia exuberante, traz um novo sabor para os nossos olhares.
Assim, mesmo no meio da loucura e da violência da cidade grande, grande também se mostrará o amor entre os jovens protagonistas; enquanto lutas são travadas entre o bem e o mal, a riqueza e a pobreza e as muitas formas de amor que o filme nos apresenta: o pai amoroso tentando entender a filha, mas perdido pelo medo de perdê-la; a mãe amorosa dos meninos do morro, com medo também de perdê-los, Dé com medo de perder a sua amada para o preconceito, ditado pela diferença social, existente entre ambos.

Enfim, no meio das muitas lutas travadas, todos estão perdidos ou com medo de se perder ou, ainda, com medo de perder algo ou alguém.
Para falar a verdade, não é deste modo que, no meio deste caos urbano, nos encontramos, também?

Devo ressaltar que me chamou a atenção a sutileza com que o diretor (re)introduz a idéia dos Contos de Fadas, além do título, claro. Na verdade, a história começa a ser prenunciada e pré-anunciada, no momento em que Carlão (Rocco Pitanga) presenteia ao Dé, ainda menino, com um livro achado na praia, cuja história fala de um princesa, de seu castelo e de seu reino
Um outro livro, que a protagonista Nina está lendo – Cidade Partida, de Zuenir Ventura, serve também para reforçar o que o que já se sabe: o filme mostrará uma cidade partida: o Rio de Janeiro, a cidade mais bela do mundo, mas não deixará de suas mazelas, principalmente no que diz respeito às grandes lacunas entre morro e asfalto, entre pobres e ricos.

Assim o filme segue:
Momentos de amor misturados a momentos de total desamor, momentos de paz no meio da guerra, tudo isto regado por tomadas cênicas de uma cidade, cuja beleza esplêndida, entontece a qualquer um, assim como o outro lado desta mesma cidade atordoa a qualquer um.
Injustiça, maldade, bom transformando-se em “mau”; bem transformando-se em “mal” (mesmo ainda sendo bom: Carlão ao tornar-se bandido, busca ajudar a comunidade); pobre lutando para não morrer, ainda mais que para sobreviver; homens e mulheres tendo de engolir ofensas, desaforos para não morrer ou para tentar viver como que lhes resta de sua dignidade, polícia destratando o chefe do morro, roubando tanto quanto os “bandidos”.
É uma verdadeira loucura, lobo engolindo lobo: o pai de Nina tentando salvar-se de uma possível queda social, econômico-financeira; Dé – o mocinho – tentando manter sua integridade; a mãe de Dé, tentando não perder mais um filho; Nina e Dé tentando alcançar um amor sem barreiras; Carlão lutando para não morrer.

Horror, amor e dor. Tudo no mesmo lugar.

Diferente do Conto de Fadas, proposto pelo título e pelo livro infantil, esta história não termina com o fabuloso: … e foram felizes para sempre! , o que para mim, é uma pena, porém, sem pessimismo, apenas baseando-nos na realidade vivda,  o final apresentado é  um dos finais mais prováveis,  é um dos que mais se aproxima do que os filmes da vida nos mostram a todo momento.

À Amy e outros mais

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http://ultimosegundo.ig.com.br VIA – www.niu.com.br

“Amy Winehouse recebeu hoje alta do University College Hospital, em Londres, um dia depois de ser internada por causa de uma reação adversa a um medicamento, informou o porta-voz da cantora, Chris Goodman. Segundo Goodman, a artista deixou a clínica depois de passar uma noite em observação e passa bem.”“Amy Winehouse passou mal ontem e foi levada ao setor de emergência do University College Hospital. Esta foi a segunda internação da cantora em apenas dois meses. Em junho, ela foi levada a uma clínica na capital britânica depois de desmaiar em sua casa. Na ocasião, o pai de Amy, Mitch Winehouse, comentou que a filha apresentava um enfisema precoce por causa do consumo de cigarros, cocaína e crack.”

Ao acessar o site www.niu.com.br, em meio às notícias dos diversos jornais brasileiros e estrangeiros, destaco esta, pois, ao lê-la, imediatamente ocorreu-me a seguinte pergunta:
-Por que alguém que foi agraciada com um enorme talento, uma voz maviosa como esta moça Amy Winehouse se expõe a tamanhos perigos?

Não estamos aqui para julgar ou condenar ninguém, mas dá uma tristeza ver que isto que está acontecendo com a Amy Winehouse, já aconteceu com outros artistas, os quais deixaram suas vidas escaparem, por uso descontrolado de drogas e também por levarem uma vida “desrregrada”.

O que mais entristece é sabermos que há um quê de egoísmo nesta talentosa criança (o que também é verdade para outros que já nos deixaram), pois com suas ausências, perdemos todos o prazer de ouvir suas canções, sonhar com suas letras, dançar e cantar.
Todos eles deveriam saber que com sua partida ou retirada do cenário artístico, o mundo se entristece e fica muito mais empobrecido das muitas formas de beleza que eles nos oferecem.

Portanto, Amy (e outros mais), nem que seja por nós, cuide-se, menina!

DESEJO

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Desejo

Autoria: SÔNIA MOURA

Meu coração está amedrontado
Atordoado, não-amado,
Perdido entre as ondas
De um oceano encapelado,
Refletido no olhar enluarado,
Meu coração perdeu-se do seu
E até hoje procura sua imagem
Por caminhos
Nunca dantes navegados.
Se olho o mapa, vejo você
Se assisto à reportagem da tevê,
Vejo você.
Aquele abraço, aquela praia, aquele porto
Voltam aos meus olhos em forma de conforto
Ouço sua voz, sinto seu cheiro
Que para longe se foi num tristonho janeiro
Então, afago-me pensando em suas mãos.
Sinto sua falta, quero o seu sorriso
Mas onde encontrar você? Onde?
Não importa, irei onde for preciso,
Quero um sinal, um só e nada mais
Nos perdemos no meio da viagem
Quem sabe o mesmo destino que nos uniu
Nos reúna outra vez, numa manhã de abril?
Quem sabe…?

(Do livro: POEMAS EM TRÂNSITO, de Sônia Moura)

“Eu também tenho gominho!”

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EU TAMBÉM TENHO GOMINHO!

Ontem, no Rio de Janeiro, um grupo foi preso acusado de fazer parte das famigeradas milícias que aterrorizam e atormentam a vida dos já atormentados moradores do que se chama hoje em dia de “ comunidades carentes”.

Armas pesadas apreendidas, criminosos e ex-policiais no mesmo lugar, troca de tiros no momento da incursão policial e para terminar o espetáculo, moradores “revoltados” com a prisão dos acusados.

As emissoras televisivas imediatamente apontam seus potentes microfones para que o principal acusado diga algumas palavras aos telespectadores e mais ou menos assim se pronuncia o ex-policial:
– Não faço parte do grupo, é perseguição política e as armas foram “plantadas” na minha casa,  para me incriminar. (…)

– E continua:

Estava chegando em minha casa, vindo do trabalho (…) Eu sou chefe de família e não chefe de milícia.

Pela entonação da voz do acusado de ser o chefe da milícia, juro que fiquei esperando que ele completasse o discurso em sua defesa, usando o mesmo argumento que o personagem de uma propaganda de um suco de laranja, no momento circulando nas telinhas brasileiras:

-Eu também tenho gominho! .

PERDAS E DANOS IRREPARÁVEIS

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PERDAS E DANOS IRRECUPERÁVEIS

Chilena mata filha por dever de casa, diz políciaTer, 22 Jul, 02h48 [http://br.noticias.yahoo.com – VIA – www.niu.com.br]

SANTIAGO (Reuters) – Uma mulher chilena bateu em sua filha até a morte depois que ela se recusou a fazer o dever de casa, disse a polícia nesta terça-feira.

Erna Rivera, de 26 anos, admitiu ter perdido a paciência na segunda-feira após a filha de 9 anos se recusar a ler um livro que os professores haviam pedido como uma tarefa de férias. Ela chutou e bateu na filha em sua casa em Santiago, afirmou a polícia.
A menina morreu pouco depois — na véspera de seu aniversário de 10 anos. Rivera foi acusada de assassinato.
“Ela admite ter batido na garota, ter chutado, socado e a ter jogado contra os móveis da casa”, disse Maurício Lara, da divisão de homicídios da polícia.
“A menina teve traumatismo, quis vomitar e desmaiou. A própria mãe levou a filha a um centro médico próximo, e ali a menina sofreu uma parada cardiorrespiratória. Tentaram ressuscitá-la, mas ela morreu.”
Rivera foi acusada de violência familiar por seu parceiro no ano passado, disse Lara.

(Reportagem de Monica Vargas)

Voltando ao assunto macabro, a epidemia – matança infantil – que atinge o mundo e vai destruindo o nosso presente e comprometendo o futuro da humanidade..Vale ressaltar, as crianças não estão morrendo por doenças, não, nossas crianças estão sendo assassinadas e diversos são os assassinos e as formas como praticam seus crimes.

Estamos nos perdendo ou já estamos perdidos? Enlouquecemos?

Pais perdem a paciência, a razão, o bom senso e o amor e matam!
Pais atiram os filhos pelas janelas.
Bandidos atiram ou arrastam crianças pelo asfalto.
Policiais atiram e matam crianças.
A fome e a desnutrição matam muitas crianças, mundo a fora.

Quando uma criança morre, muito se perde neste nosso paraíso cada vez mais perdido.

Valei-nos São Cosme e São Damião!

SALVEMOS NOSSAS CRIANÇAS!

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Salvemos nossas crianças!

“Mãe esfaqueia filha depois de surto psicótico em MGPlantão | Publicada em 22/07/2008 às 10h58m – CBN Minas

BELO HORIZONTE – Permanece internada no CTI do Pronto Socorro João XXIII a menina de três anos que foi esfaqueada, na segunda-feira em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. De acordo com a assessoria do hospital, o estado de saúde da menina é estável. Ela vai continuar internada no CTI para evitar qualquer tipo de infecção.

Segundo a Polícia Civil, a mãe da criança, Luciane Maria Dias, de 36 anos, é a principal suspeita do crime. Ela disse que entrou em casa e que os dois filhos, a menina e o irmão de doze anos, estavam possuídos e ela pretendia “exorcizar” as crianças. O menino de doze anos conseguiu fugir, mas a menina foi o alvo da fúria da mãe, segundo a polícia.

A mãe foi levada à Policlínica de Nova Lima. De acordo com o laudo do hospital, ela foi sedada por estar agressiva, com delírios místicos religiosos e quadro de surto psicótico. Os vizinhos disseram à polícia que a mãe cuidava muito bem das crianças. Luciane Maria Dias vai ser indiciada por tentativa de homicídio.”

[http://oglobo.globo.com – VIA – www.niu.com.br]

Nos céus, os deuses estão enfurecidos, os santos tentam intervir, anjos -da -guarda se desesperam; na terra, profetas buscam explicações, filósofos argumentam, psicólogos pesquisam as mentes, professores tentam suavizar os dramas, famílias se desintegram, porque as crianças estão sofrendo, crianças estão morrendo.
É um verdadeiro pandemônio: crianças são lançadas pela janela por pais, mães, madrastas, crianças são baleadas por policiais despreparados ou por civis que querem vingança, crianças são esfaqueadas pela loucura das religiões, crianças são violentadas por todo tipo de gente. Crianças , crianças, crianças…

Assim na terra como no céu, todos estamos estarrecidos e perdidos no meio deste pandemônio, mas o que precisamos é reagir e politicamente agir.

Enquanto isto, só nos resta recorrer à fé, conclamando os santos-meninos Cosme e Damião, para que intercedam em favor dos inocentes, quem sabe, algum milagre aconteça.

SÔNIA MOURA

EU JÁ SABIA!

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Música alta faz cliente de bar beber mais, diz estudo
sexta-feira, 18 de julho de 2008 18:06 BRT
http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRB52530720080718

LONDRES (Reuters) – Frequentadores de bares onde a música é muito alta bebem mais rápido e em menos goles, segundo estudo divulgado na sexta-feira por pesquisadores franceses na revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research.

De acordo com eles, com a música alta uma garrafa de cerveja dura em média três minutos a menos na mão do cliente.

Para avaliar essa correlação, os cientistas passaram três noites de sábado em dois bares, onde observaram 40 bebedores de cerveja, todos homens de 18 a 25 anos.

Aqui só nos resta levantar uma plaquinha, igual àquela que o pessoal leva para os estádios de futebol:

EU JÁ SABIA!