EU TAMBÉM TENHO GOMINHO!
Ontem, no Rio de Janeiro, um grupo foi preso acusado de fazer parte das famigeradas milícias que aterrorizam e atormentam a vida dos já atormentados moradores do que se chama hoje em dia de “ comunidades carentes”.
Armas pesadas apreendidas, criminosos e ex-policiais no mesmo lugar, troca de tiros no momento da incursão policial e para terminar o espetáculo, moradores “revoltados” com a prisão dos acusados.
As emissoras televisivas imediatamente apontam seus potentes microfones para que o principal acusado diga algumas palavras aos telespectadores e mais ou menos assim se pronuncia o ex-policial:
– Não faço parte do grupo, é perseguição política e as armas foram “plantadas” na minha casa, para me incriminar. (…)
–
– E continua:
–
– Estava chegando em minha casa, vindo do trabalho (…) Eu sou chefe de família e não chefe de milícia.
Pela entonação da voz do acusado de ser o chefe da milícia, juro que fiquei esperando que ele completasse o discurso em sua defesa, usando o mesmo argumento que o personagem de uma propaganda de um suco de laranja, no momento circulando nas telinhas brasileiras:
-Eu também tenho gominho! .