BARUCH SPINOZA ou… filosofando III

 BARUCH SPINOZA ou… filosofando III

BARUCH SPINOZA  ou… filosofando III  (Autoria: Sônia Moura)

 

A filosofia de Baruch Spinoza baseia-se na conservação do ser e do seu lugar no mundo. Spinoza nos apresenta uma “ética do consigo mesmo, o auto cuidado consigo , o zelar por si mesmo”.

Outro fator importante na concepção deste filósofo é que a ética está ligada ao entendimento, e a moral “trabalha” com a obediência.

Não há fora, logo não há transcendência , há imanência, tudo está dentro de um sistema, que corresponde à totalidade, potência infinita , a qual Baruch chama Deus.

A imanência não duplica a realidade, está num plano uno: corpo e alma, corpo e pensamento, pois estes, para ele, são indissociáveis, enquanto o homem é dominado pelas paixões (afecções).

A ética do “conduzir-se a si mesmo”, fazer escolhas associa-se à questão da virtude, à possibilidade do relacionar-se, fazer composições, buscar a alegria, ou seja, construir o seu destino, fugir da busca do ideal.

Assim, a filosofia do “homem que polia lentes” nos ajuda a ver o mundo com outros olhos, mostrando-nos que é preciso saber usufruir da liberdade, desvencilhar-se das opiniões externas, do senso comum, dos sentimentos e das sensações para que se encontre (e se viva) em paz e na alegria, no amor, pois este é o poder: conhecer-se e contemplar-se pela potência de “poder ser”.

Assim sendo, tanto Nietzsche, quanto  Spinoza nos mostram que o conhecimento e a razão, se bem assimilados e aplicados seus conceitos essenciais, nos colocam junto à ética, dissolvendo a moral.

 

(Fragmento do trabalho criado e apresentado por Sônia Moura – UFF)

BARUCH SPINOZA ou… filosofando III

 

FELIZES FESTAS

 Felizes Festas!

Amigo(a)

Desejo que, na noite de natal e ao longo do ano que se aproxima, a criança que mora em você desperte e faça muito barulho, acordando a alegria, a paz e o amor para edulcorar seus dias, suas noites, suas tardes e seus pensamentos.

Almejo, também, que o som da felicidade ajude você a realizar os seus mais belos sonhos, trazendo para o seu rosto o maior de todos os sorrisos.

FELIZ NATAL! FELIZ ANO NOVO!

De sua amiga Sônia Moura

P.S.: À guisa de esclarecimento: 

 A repetição dos pronomes possessivos (seus, sua)dá-se  por uma simples razão, quem está “falando” para os amigos é a criança que mora em mim, e criança, todos sabemos como elas são, adoram repetir palavras. 

felizes festas

NIETZSCHE ou… filosofando II

 

 

NIETZSCHE ou… filosofando II

NIETZSCHE ou… filosofando II  (Autoria: Sônia Moura)

 

Para Nietzsche, moral é algo construído, não é algo natural, é próprio de cada sociedade, de cada cultura, logo, não existe uma moral única.

Segundo ele, a moral é criada por cânones “do deve” e “do não deve”; é contra a natureza, é contra os instintos, é co0ntra a razão.

A semiótica (denominada, aqui, a semiótica dos afetos), conjunto de signos que “fundam”, “criam” a moralidade, nos mostra que é através dos símbolos que se cria a oposição: bem x mal, polarização que leva o homem à culpa, ao ressentimento, ao arrependimento. (A oposição:  bem x mal é contestada por Nietzsche).

Nietzsche também nos mostra que precisamos sair da causalidade, da determinação e criar o novo, pois, para ele, o novo é o poder de modificar, de alterar uma estrutura.

Para este filósofo, existem duas morais: a do senhor e a do escravo. A moral do senhor é a que manda, determina valores, que não se deixa levar por aquilo que é imposto; e a moral do escravo é a que obedece, que se deixa oprimir, é a que governa aquele que não tem opinião.

 

Mas, se o homem é dotado de vontade de potência, por que se submeter? Por que repetirmos hábitos e costumes? Portanto, não adianta esperar, querer que as coisas venham mudar por si mesmas, é preciso querer e agir, isto é, exercer sua vontade de potência.

O estabelecido é cômodo, por isto as morais se estabelecem, se firmam, determinam condutas, separam “o vulgar e o raro”, “os senhores e os escravos”, servindo assim a muitos senhores, formando batalhões de escravos, porque, cabe a cada indivíduo fazer valer a sua força, a sua vontade potência.

 Então, embalados pelos versos de Geraldo Vandré, sigamos os ensinamentos de Nietzsche, pis:  *“Vem, vamos embora/ que esperar não é saber/ Quem sabe faz a hora/ não espera acontecer…”            [* Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores (Geraldo Vandré)]

 (Trabalho apresentado na UFF- 2003 – fragmentos)

 NIETZSCHE ou… filosofando II

 

 

 

EPICURO ou … filosando I

 Epicuro ou … silosofando I

EPICURO ou … fiosando I  (Autoria: Sônia Moura)

 

A existência do homem e sua emancipação são elementos Em destaque na conceituação filosófica de Epicuro. Propondo aliar razão iluminadora e amor à humanidade, Epicuro no“Jardim das Delícias”, ensinava a seus discípulos que o prazer é o bem máximo.

A lição maior de Epicuro está centrada no prazer e na alegria, porque esta é a vocação natural do homem, esta é, para ele, a verdadeira ÉTICA.

A  ética de Epicuro se torna atual à medida que sua filosofia está baseada no esclarecimento . Naquela época, assim como na atualidade, as pessoas viviam/vivem dominadas por temores e crendices, os quais impediam/impedem às mesmas de encontrarem a FELICIDADE.

A crítica social, política e religiosa de Epicuro parece falar ao nosso tempo, pois continuamos a imitar valores, a viver na alienação e, continuamos também, imersos em crendices.

Outro ponto importante e muito atual na filososfia epicurista é o que fala sobre o DESEJO, que não é nada mais que “uma imposição social, em seu aparente progresso”, como diz Epicuro.

 

(UFF 2003 – Parte do trabalho apresentado por Sônia Moura)

 

                                                                                   Epicuro ou … silosofando I

ESTAMPAS

estampas
ESTAMPAS (Autoria: Sônia Moura)

Que importava o mundo lá fora, os medos, as dúvidas?
Que importava o perigo, a hora ou a despedida?
Estávamos plenos, livres e cativos
Todas as maravilhas do mundo eram nada
E uma coisa nova, diferente e intensamente milenar
Aconteceu ali na tarde–noite fria à beira mar

Os carinhos do homem batizaram o corpo da amada
Os carinhos da mulher sagraram o corpo do amado
Te convidei pra dançar a dança de acasalar

Sinto, ainda, o cheiro do macho ensandecido
Penetrando a fêmea com nome de mulher (Bom demais!)
Agora, neste momento em que escrevo,
Meu corpo estremece ao pensar no seu,
Recordo meus olhos felizes passeando
Sobre o seu corpo, sobre os seus olhos, sobre o seu sexo
Você fica tão lindo na hora do prazer
Misto de criança, homem, fera e desejo

Foi um poema escrito por dois corpos suados
Foram estampas pintadas por dois corpos melados
Seu corpo que bem me fez…

Lembro seu corpo quase a implorar
Nosso prazer, nossa alegria, nossa fantasia…
Lembro meu corpo buscando o seu e a desejar
Sua ternura, seus beijos e a sua fúria…

Cedemos o lugar ao prazer,
Expulsamos para longe nossos medos
E nos amamos até à exaustão
Depois do nosso gozo, no silêncio do quarto,
Nosso riso era uma canção, batia forte nosso coração…

Que importava o mundo àquela hora
Se éramos apenas homem e mulher?
(Maio. Lembranças de um grande amor.)

(Do livro: Entre Beijos e Vinhos  de Sônia Moura)

estampas

O RATO E O GATO NO PALÁCIO DA RAINHA

 

 O RATO E O GATO NO PALÁCIO DA RAINHA

O RATO E O GATO NO PALÁCIO DA RAINHA (Autoria: Sônia Moura)

 

O rato queria o queijo,

O gato queria o rato,

A rainha guardava o queijo

E o gato aguardava o rato.

 

A rainha saiu da cozinha,

O rato entrou no buraco,

A cozinheira brigou com o gato

E o gato ficou furioso.

 

O rato se libertou e

Correu pela cozinha

A cozinheira pegou

a vassoura

E foi espantar o rato.

 

A rainha reclamou que

O gato só comia e dormia,

Mas não caçava o rato.

 

Ao ouvir isto, o gato 

Ronronou pra lá e pra cá

E jurou caçar o rato.

 

A rainha reclamava e

A toda hora gritava:

Eu não quero rato aqui

E dizia para o gato:

         Molenga, vai trabalhar!

 

Num canto, o rato só ria,

No outro, o gato rosnava,

A rainha não entendia e

Furiosa ficava.

O gato veio para o centro da cozinha.

 

A rainha comeu o queijo,

O rato ficou zangado.

 

Agora, o gato só ria e

A rainha não entendia,

Então saiu da cozinha.

 

O rei entrou na cozinha,

Não viu o gato nem o rato,

Tomou café com biscoitos

E logo saiu da cozinha.

 

Um dia, o gato e o rato

resolveram ser amigos.

Fizeram um trato legal:

O gato fingiria caçar o rato

E o rato se esconderia

em outro buraco

Da cozinha

 

Assim, a rainha ficaria feliz

E muito leite ao gato daria,

Mas, quando rainha saísse

E fosse para o seu trono,

O rato sairia,

Para comer e brincar.

Comeria muito queijo

E depois voltaria

para o buraco quentinho

No outro canto da cozinha.

 

Dito e feito,

O plano deu certo e

Todos ficaram contentes.

 

E assim acaba esta história,

Que mistura bicho e gente

Brincando de esconde-esconde no castelo da rainha

 

O RATO E O GATO NO PALÁCIO DA RAINHA

DÓ MAIOR

DÓ MAIOR

DÓ MAIOR (Autoria: SÔNIA MOURA)

Entre o dó de te perder
E a marcha-ré do nosso amor
Eu vivo a perguntar:
O que será de mi, amor?
Não faça assim
Tu sabes que és
O fá da minha canção
E o que eu quero
É ser o sol do teu sorriso
Torcendo para que tu fiques comigo,
Sempre comigo,
Para depois lá para a lua te levar
Amor, caia em si
Tu sabes que eu sou tua mulher
Para o que der e vier

Mas, se tu me deixares
Passo a ser um anjo perdido
Um anjo ferido
Disposta a me vingar
Serei um anjo revoltado
Que irá zombar do
Teu orgulho de macho ferido
Fazendo-te ajoelhar-te a meus pés
Falando de amor pra mim
Em do, ré , mi, fá, sol, lá si…
Só para me vingar

Depois, aos prantos,
Irei me ajoelhar a teus pés
E implorar que tu voltes pra mim
E não me deixes tão triste assim
Amor,
Tem dó de mim, tem dó,
Não me deixes só com esta saudade,
Amor, isto é maldade em dó maior

(Do livro: POEMAS EM TRÂNSITO de Sônia Moura)

DÓ MAIOR

DE PRESSÃO em PRESSÃO… nasce a depressão

DE PRESSÃO em PRESSÃO… nasce a depressão

DE PRESSÃO em PRESSÃO… nasce a depressão
(Autoria: Sônia Moura)

Eu sempre disse que, hoje em dia, ninguém mais pode ficar triste, sentir angústia, ter medo e outros quetais, que lá vem a palavra fatídica: DEPRESSÃO!
É como se a tristeza, assim como a alegria (graças a Deus), não fizesse parte de nossas vidas.
Creio que, jogando a culpa por nossos dissabores em “diagnósticos alheios”, nos sentimos um pouco mais aliviados e pensamos esconder do mundo o que o mundo tem para nos dá: alegrias e tristezas.
Você se lembra da palavra melancolia?
Quando eu era pequena ouvia os adultos dizerem que as manchas roxas que apareciam pelo corpo eram melancolia, eu achava muito interessante, embora não entendesse muito bem o que isto queria dizer.
Apesar da carga negativa que encontramos na raiz da palavra melancolia, esta palavra guarda em si um tom poético, o que suaviza a sua aspereza.
Possivelmente, eu esteja sofrendo a influência do mal do século, não aquele por meio dos quais se alimentavam os poetas Românticos, refiro-me a este exagero em se achar que ao primeiro sintoma de qualquer distúrbio emocional, logo a depressão se instala, faz morada e leva o indivíduo a farmácias e drogarias, sem lhe dar chance de (re)pensar sobre a vida e sobre seus atos, atos e sobre si mesmo. Uma vez que, se bobearmos, somos todos jogados nos braços da famigerada depressão.

Tomara possamos novamente encarar nossos momentinhos de tristeza, para que possamos saborear ainda mais a alegria que logo virá.

DE PRESSÃO em PRESSÃO… nasce a depressão

CRIADORES e CRIATURAS

 CRIADORES e CRIATURAS

CRIADORES e CRIATURAS (Autoria: Sônia Moura)

Criadores e Criaturas – somos tu e eu-
tão distantes e tão próximos, tão amigos,
tão carentes…
Autor- leitor; leitor-autor:
um só.
Eu escrevo e tu me lês,
o texto se refaz quando vós
o reescreves,
vós sois os parceiros que
desfazem os nós da escritura
para que todos nós ( todos) nos
envolvamos pelos novos laços da

(RE) LEITURA

CRIADORES e CRIATURAS

PANETONE e MEIAS ou NATAL EM BRASÍLIA

PANETONE e MEIAS ou NATAL EM BRASÍLIA

PANETONE e MEIAS ou NATAL EM BRASÍLIA (Autoria: Sônia Moura)

 Desde pequeninos, aprendemos que devemos colocar o par de meias na janela, a fim de que o bom velhinho deixe lá os nossos desejados presentes.

Quando eu era criança não havia em nossa mesa o famoso panetone, mas, de  uns tempos para cá, além do peru de natal, das rabanadas, das frutas, das sobremesas, do vinho, foi acrescentado ao cardápio do natal brasileiro, o panetone.

Estarrecidos, assistimos a gravações as quais nos mostram que, na capital federal brasileira, o natal dura o ano inteiro. “Distribui-se”  dinheiro a torto e a direito, para parlamentares, assessores, secretários, governadores e sabe-se lá quem mais.

Por caminhos nada legais, nada bonitos ou muito menos honestos, um dos “ganhadores” de montes de dinheiro, leva ao pé da letra (sem trocadilhos), o que sempre nos recomendaram: fazer um pé de meia, no entanto, ele, precavido, faz dois pés de meia.

Com os episódios do seriado “ Como ganhar dinheiro sem fazer força”, descobrimos, também, que, em Brasília, os pobres, digo, carentes, comem panetone o ano inteiro e, pelo valor recebido para a compra desta iguaria, concluimos que o preço do mesmo deve ser estapafúrdio, precisamos denunciar este superfaturamento do panetone. Após assistirmos ao seriado, também pudemos perceber o quão caridosos são os governantes brasilienses.

E, só para ilustrar, os receptores das polpudas propinas são os mesmíssimos que,há bem pouco tempo, apedrejaram com vontade os telhados alheios.

Enfim, neste meu país varonil, tudo terminava em pizza, agora, tudo terminará em deliciosos e caríssimos panetones.

Salvemos o país desta overdose  “natalina”!

PANETONE e MEIAS ou NATAL EM BRASÍLIA