BARUCH SPINOZA ou… filosofando III (Autoria: Sônia Moura)
A filosofia de Baruch Spinoza baseia-se na conservação do ser e do seu lugar no mundo. Spinoza nos apresenta uma “ética do consigo mesmo, o auto cuidado consigo , o zelar por si mesmo”.
Outro fator importante na concepção deste filósofo é que a ética está ligada ao entendimento, e a moral “trabalha” com a obediência.
Não há fora, logo não há transcendência , há imanência, tudo está dentro de um sistema, que corresponde à totalidade, potência infinita , a qual Baruch chama Deus.
A imanência não duplica a realidade, está num plano uno: corpo e alma, corpo e pensamento, pois estes, para ele, são indissociáveis, enquanto o homem é dominado pelas paixões (afecções).
A ética do “conduzir-se a si mesmo”, fazer escolhas associa-se à questão da virtude, à possibilidade do relacionar-se, fazer composições, buscar a alegria, ou seja, construir o seu destino, fugir da busca do ideal.
Assim, a filosofia do “homem que polia lentes” nos ajuda a ver o mundo com outros olhos, mostrando-nos que é preciso saber usufruir da liberdade, desvencilhar-se das opiniões externas, do senso comum, dos sentimentos e das sensações para que se encontre (e se viva) em paz e na alegria, no amor, pois este é o poder: conhecer-se e contemplar-se pela potência de “poder ser”.
Assim sendo, tanto Nietzsche, quanto Spinoza nos mostram que o conhecimento e a razão, se bem assimilados e aplicados seus conceitos essenciais, nos colocam junto à ética, dissolvendo a moral.
(Fragmento do trabalho criado e apresentado por Sônia Moura – UFF)

















