ACORDA, ALICE, ACORDA!

alice_no_pais_das_maravilhas

ACORDA, ACORDA, ALICE! [por Sônia Moura]

Sofrida, enfurecida, ferida,

Como uma fera encurralada

Urrei baixinho

Tentando sufocar a dor.

 

Depois …

Em pedaços de raiva

Rasguei o seu retrato,

Lancei-me em meu mar de lágrimas

Afoguei-me, afaguei-me, mas salvei-me

E sobre meu pranto adormeci.

 

Acordei sobre um mar sereno,

Senti como se um novo mundo

Se abrisse

E, agora,

A cada minuto

Uma voz escuto

A me alertar:

– Alice, Alice, é hora de acordar!

 

[Da obra: Coisas de Adão e Eva]

 

 

 

BICHO – PAPÃO

Bicho-papão [por Sônia Moura]

O MEDO é uma das maiores armas de manipulação e de instauração da insegurança, do afastamento da alegria e do prazer e, principalmente do ódio entre povos, cidades, países, vizinhos, irmãos.

O medo aprisiona e torna credo os incautos; ele nos faz escravos, porque tem a força de mil dragões com lança-chamas travestidos de verdades absolutas, desse modo o medo vai desenhando espectros poderosos.

O medo cospe fogo, paralisa e bebe forças de muitos, ao mesmo tempo que fortalece os “fortes”, os que fabricam e comerciam armas, os que fabricam as guerras, os que precisam derrubar para comandar; por isso o medo é sempre muito bem alimentado, desde o berço até (e depois) da morte.

Fantasma fincado nos corações com estacas cobertas de flores, a disseminação do medo nos faz inimigos de quem sequer conhecemos; faz temermos ou odiarmos alguém pela cor de sua pele, pelo que se veste, por seu tamanho, por suas feições, leva-nos a pré-conceber e tirar conclusões infundadas e, por isso, o medo, como é senhor e escravo da ganância, é uma praga difícil de ser exterminada, pois é lobo em pele de cordeiro.

Assim, enquanto ele se alastra e se arrasta pelo mundo, os senhores do medo regozijam-se em seus carrões, em suas mansões e dormem tranquilos o sono dos injustos e cruéis senhores, os verdadeiros bichos-papões.

(É, e dizem que bicho-papão não existe.)MEDO

LAMENTOS

LAMENTOS {por Sônia Moura}

solidão5

Lamento-me, não por você,

E sim por nossas aventuras

Mas o que passou, passou…

 

Agora, só me resta dizer:

– Como o amor é cego

E como essa vida é dura!

{Da obra: Coisas de Adão e Eva)

 

ESPADA

espada1

ESPADA (Sônia Moura)

 

Habitando o silêncio das palavras vãs

Uma mórbida metamorfose

Ao vivo, mas sem cores, acontece

Num canto qualquer da alma

Quando, ao léu, se vão antigos amores

A partir daí, não haverá mais nada,

Nem mesmo poesia

Nem mesmo boemia

Só lágrimas ocultas

Vestidas de desilusão

Por um tempo,

Sobreviverão ao caos

Mas depois,

Como o tempo, irão se esvair

E irão se deixar morrer

Pela lâmina de uma espada

Celestial, ancestral e cabal

Para nunca mais voltar

(Da obra: Coisas de Adão e Eva, de Sônia Moura)

DECLARAÇÃO

o ritmo da poesia

 

DECLARAÇÃO

Na poesia, a palavra é arte,

Não uma arte qualquer

É palavra transformada

Em vocábulo raro

Convertido em anteparo

 

A palavra, na poesia,

É uma coisa louca

Coberta de lucidez

Que alguém mais louco (re)fez

 

(Da obra: POESIA – DIA A DIA  DE Sônia Moura)

ALENTO

ALENTO (por Sônia Moura)

 

Sou mãe!

Sou avó!

Sou filha!

 

Da vida

Segui a trilha,

Amei, sonhei

Casei, descasei

Mil papéis

Desempenhei

 

Mas, o que de fato sei

É que com todos os sins

E também todos os nãos

A luta e a glória

De ser MÃE

Alentam o meu coração

 

(Da obra: Coisas de Adão e Eva)_alma_gemea_ii

Mãe é tudo isso

almadeflores 

 MÃE É TUDO ISSO (por Sônia Moura)

 

Mãe é concha

Que guarda e liberta

Mãe é boba e é esperta

É silêncio e é barulho

É claridade e é escuro

Quando a um filho

Precisa defender

É pedra e é bicho – fera

Mas é algodão e beija-flor,

Quando destila amor

 

Mãe é ave e é ovo

Para seu filho gerar

E também para proteger

Mãe é aço e é bolha de sabão,

Ao seu filho conceber

Mãe é calor e é sol

Para seu filho agasalhar

Mãe é doce e é o pão

Para seu filho alimentar

 

Mãe é tudo isso e muito mais

Desdiga-me quem for capaz!

 

(Da obra: Coisas de Adão e Eva)

Do folhetim ao folhetim- Entretenimento – educação- ideologia

Do folhetim ao folhetim- Entretenimento – educação- ideologia

(Sônia Moura – UFF)bandflor

CONCLUSÃO

 A questão do nacionalismo é a questão da igualdade, da polarização do eu e do outro, do universal e do particular, por isto, a idealização pode servir para destruir nossas ambiguidades: mestiçagem e primitivismo, base de um povo que se formou em meio a culturas bem divergentes – a primitiva e a européia. Colonizados, ambíguos e tendo na bagagem muitos recalques, muitas questões conflitantes e difíceis de serem resolvidas, mas que por conta de um Estado Novo ficaram escondidas, adormecidas…por um bom tempo.

Observa-se que com o Romantismo tentamos alçar voos heróicos, hiperbólicos, metafóricos indo à busca de nossa identidade, rumo ao nacional, mas não fomos muito longe; nossas asas foram podadas pela divisão da memória afetiva e secular que nos jogava para o presente e para o passado que tanto queríamos naquele momento, mas o ufanismo exagerado cegava-nos e atava-nos os pés e, assim, nosso olhar se voltava para o particular.

Queríamos a liberdade, mas ainda não a dávamos a muitos que aqui estavam, não queríamos os dominadores, mas nossa arte estava nas mãos de outros que, doravante, desempenhariam o mesmo papel, queríamos exclusividade de fatos que são universais. Mesmo com as asas podadas conseguimos nossos primeiros voos, conquistamos algum espaço, fizemos e nos perpetuamos nas artes e a história nos tem em sua conta.

Embalados pelo desejo nostálgico queremos, a qualquer custo, encontrar nossas origens. Valorizando o passado, elegemos um herói, precisamos deste reflexo no espelho do passado, porque só assim teremos futuro, e no futuro, quem diria, revolveríamos novamente esta gaveta à procura do retrato perdido.

A ideia latente da identidade está no íntimo, não é superficial, é a pátria e sua representação, rejeitamos pois, aqueles que querem nos roubar a pátria.

A negação Romântica das influências lusitanas em nossa cultura atesta que esta aversão consciente esconde, na verdade, uma atração inconsciente por raízes culturais e afetivas que já se entrelaçaram com as nossas, e o nosso desejo inflamado de total segregação vira utopia.

Debaixo do véu diáfano do nacionalismo exuberante, exaltado, moderado ou político, escondem-se as marcas vivas do colonizador e da colonização, pela presença da velha – nova classe dominante.

Evidentemente, a nova classe dominante é a que contesta o colonizador, é a que propõe mudanças, enfim, as classes dominantes precisam sempre manter a classe.

Não se pula de um pólo ao outro sem tropeçar na história, a mágica do apagamento ainda não foi criada, assim, os Românticos, atraídos pelo passado bem distante, despertados pela curiosidade, se esquecem de que em seu passado mais recente, se alarga a história e os portugueses já estão inscritos nela, se esquecem de que eles, os Românticos, estão fabricando o futuro.

Para os Modernistas o futuro é tão (e, às vezes, ) mais atraente que o passado, no entanto a vedete da história é o tempo presente. A nova Era (Era Vargas) nos traz o passado vestido com as roupas do presente, o passado e o presente se mesclam, assim, o Estado prestigia a arte moderna, prestigia o cinema, e, através das artes e dos meios de comunicação, o regime político faz a conexão: individual/coletivo.

Neste novo tempo precisamos olhar o passado, pois no presente temos um pai que nos protege e protege as artes, estamos todos sob a tutela estatal.

O país cheio de contrastes, amolda-se às novas formas da expressão deste presente renovante que nos foi entregue dentro do caldeirão em ebulição de uma guerra e de muitas mudanças políticas.

Era preciso correr, tínhamos o automóvel; era preciso correr, o tempo é fugaz; era preciso correr, tínhamos a máquina. Tudo está acelerado, é preciso viajar. Burgueses, industriais, os barões (principalmente do café), os burgueses intelectuais, o nordestino, o professor, o padre e o imigrante se esbarram nas calçadas, é preciso “enlouquecer”; é preciso ser anarquista; é preciso conquistar; é preciso (re)descobrir o Brasil; é preciso inovar, o nosso estado é um Estado Novo, portanto, sejamos Modernos, é preciso modernizar.

Enfim, “entre parentes”, continuamos atados por elos da mesma corrente, há o “lá” majestoso, mas há também o “aqui” que “lá” está; não há como negar,  “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá”, e também tem Macunaíma que é  índio, branco, negro, feiticeiro, canibal, colonizador e imigrante.

Com o bailar do tempo, a forma muda, mas a essência fica porque “Sou filho das selvas, nas selvas cresci, Guerreiros, descendo da tribo Tupi”, eu descendo “das legiões de homens negros como a noite”, sou Iracema e sou Ceci, sou Peri e sou Martim, sou trabalhador, sou brasileiro, enfim “Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta.. Mas um dia afinal eu toparei comigo…

 

 

 

 

 

 

Do folhetim ao folhetim- Entretenimento – educação- ideologia (Parte III)

Do folhetim ao folhetimbrasilll

(Sônia Moura – UFF)

 

Parte III

 

II – LIÇÕES DE MESTRES (escritores e cineasta)

 

 

Assim, chegamos a Humberto Mauro e à sua criação ARGILA, filme que tem a forte marca do nacionalismo – redesenhado pelo prisma político da era Vargas e pelo olho mágico do cineasta.

Características que compõem e influenciam autores e cineastas no registro artístico do nacionalismo e de seu caráter ideológico, aparecerão expostas tanto pelos segmentos literários (Romantismo/ Modernismo)  como pelo  Cinema e  irão se confrontar, defrontar ou se identificar  a todo momento.

São discursos (o literário, o cinematográfico e, contemporaneamente, o televisivo) pontuados pela produção do imaginário social, reprisando imagens retiradas do ambiente social e, assim “a ideologia as reproduz, mas transformando-as num conjunto coerente, lógico e sistemático de idéias que funcionam em dois registros: representações da realidade e como normas e regras de conduta e comportamento”[CHAUÍ, Marilena de Souza. “O discurso competente”. In: Cultura e Democracia. São Paulo: Cortez, 1989, P.175.)

A recuperação das raízes, mostrada no filme Argila, é uma  releitura fílmica sobre o nacionalismo,  muito próxima da visão Romântica a qual  promove a volta ao nosso passado histórico, tendo como principal “ator” o índio e sua cultura contrapondo-se à cultura  européia, especialmente à cultura do  colonizador português.

Ao mesmo tempo, o filme de Humberto Mauro se aproxima da visão nacionalista do Modernismo: o índio não está idealizado e sim integrado ao meio social e natural – pois – ,  embora no Estado Novo se privilegiasse a personificação do novo, da originalidade, o passado não é descartado, porque o passado é vivo, o passado é novo, e o cinema, então,  coloca em cena estes dois tempos: presente e passado.

No filme, a imagem do  índio (ou da  caricatura dele) fomentando o desejo da “alma nacional”, investimento ideológico do Estado Novo, coaduna-se com a “cor local” do Romantismo e com o “Tupi or not Tupi” do Modernismo, é na verdade a imagem dos homens novos – representa todos os brasileiros, representa o governo: Vargas: Homo Magus que domina e encarna as forças inconscientes da “alma nacional”.

No Brasil Romântico (1a. geração – prosa), “não havia escravidão, não havia conflitos, não havia problemas sociais”. Em Argila os problemas sociais, especialmente, no que tange às questões trabalhistas, já estão “resolvidos”, tudo e todos (con)vivem em harmonia. É desenhada a unificação das esferas políticas e sociais, seguindo o comando ideológico do regime político vigente. Em ambos os casos, ao não falar dos problemas sociais e políticos, o que se faz é um recorte subjetivo e idealizado da realidade brasileira, da pátria perfeita.

A Era Vargas trabalha com a imagem do nacionalismo não só através da imagem cinematográfica, mas também através da imagem construída pelo discurso escrito ou falado. O regime político de 37 apropriou-se do discurso Romântico e Modernista da literatura, moldou-o às suas ideologias políticas, que  transparecerão com clareza no filme Argila –  fio condutor a  multiplicar, certamente, os ideais e as idéias do Estado Novo.

Outro ponto a ser ressaltado na questão do aproveitamento dos discursos literários pelo cinema, neste filme, é a construção da mulher Romântica – inatingível, inacessível – e a mulher do Modernismo – dinâmica, independente.

Reunindo estas características, a personagem principal, no filme, é patroa (Luciana) – recheio perfeito para a marcação de ideologia do trabalhismo.Uma patroa (mulher) que às avessas cumpre o papel do homem Romântico, ao renunciar ao seu amor,  capaz de abrir mão de um grande amor para não fazer a pobre menina (a noiva de Raul ) sofrer, para não desagregar a tão bem construída família brasileira.

Sendo uma  mulher moderna ( e a visão Modernista), poderemos vê-la como:  mulher liberada (“até” fumava),  patroa, empresária e, também é construída  a imagem da mãe dos pobres (personificando e reprisando a imagem de pai dos pobres– Getúlio Vargas).

O trabalhador e o trabalho, sempre enaltecidos durante o período Vargas, são mostrados em ação, sempre em clima de alegria e de harmonia com o ambiente, com o patronato e principalmente, consigo mesmo  – com  o próprio trabalhador.

Falando sobre um  Brasil “”contente””, privilegiando um  modelo de relações sociais e trabalhistas, o filme Argila desenha o Estado através de suas relações econômicas e políticas, para tal, Humberto Mauro usa o próprio cotidiano,  afastando dele qualquer forma de ambiguidades e conflitos, que são desfeitos pelo olhar diretor, pelo olhar  do poder, pelo olhar do escritor e concomitantemente e do espectador desavisado.

A natureza brasileira,  exaltada pelos Românticos, é a  representação da beleza brasileira;  é apresentação do Brasil;  é cenário e com os Modernistas, a natureza  dialoga,  ironiza, participa. No filme Argila, a natureza desempenha o duplo papel de  valorização do nacional e  de cenário, há, portanto,  a reprise da visão Romântica deste elemento.

Ironia, humor, piada e paródia indicam o senso crítico dos Modernistas, que “zombam” da arte tradicional e das figuras artísticas   eminentes do passado. Humberto Mauro usa o humor para mostrar o olhar zombeteiro que o estrangeiro lança sobre o patrimônio étnico nacional, quando o diplomata se refere aos iletrados como “bugres” ou quando o homem letrado  desvaloriza a língua  “nacional”, a língua do povo,  tão valorizada por Românticos e Modernistas, e pela ideologia da Era Vargas – cada um a seu modo.

Do folhetim – precursor do movimento Romântico, “novelas” publicadas diariamente em capítulos, nos jornais – ao folhetim televisivo; a difusão do nacionalismo, a busca incessante da identidade continua a nos envolver, no entanto, como afirma Antônio Cândido: “O caráter nacional não se procura, não se inventa, não se escolhe; nasce espontaneamente, bebe-se com o leite da vida, respira-se no ar da pátria”. As ideologias, o que é transformado em senso comum, os esforços das elites, dos poderosos, a se confirmarem as palavras do Mestre Antônio Cândido, lograrão êxitos perenes?

Do folhetim ao folhetim- Entretenimento – educação- ideologia

Do folhetim ao folhetim- Entretenimento – educação- ideologia

(Sônia Moura – UFF)

     PARTE I –  INTRODUÇÃO

Nosso trabalho tem como objetivo principal a instauração do alargamento da questão do nacional, destacando – se a visão dos movimentos artísticos decisivos e fundamentais para a disseminação e afirmação do nacionalismo brasileiro: o Romantismo e o Modernismo.

Uniremos as formas de linguagem: literatura e cinema, passando muito superficialmente pelo folhetim eletrônico – a televisão (*o assunto será tratado mais adiante).

É nossa intenção fazer o cotejo de diferentes e tão próximas abordagens destas formas de linguagem sobre o desejo da busca de uma identidade nacional e como a ideologia (Era Vargas), se apodera deste desejo, pois segundo Marilena Chauí: “A função principal da ideologia é ocultar e dissimular as divisões sociais e políticas, dar-lhes a aparência de indivisão e de diferenças naturais entre os seres humanos”.[CHAUÍ, Marilena de Souza. “O discurso competente”. In: Cultura e Democracia.       São Paulo: Cortez, 1989, P.174.)

Estas construções discursivas nos brindam com aventuras pelos  caminhos da palavra e da imagem. Imagem construída com a palavra do autor e reconstruída pela imaginação do leitor. Imagem construída pelo olhar do diretor (e de outros) e revisitada pelo olhar do espectador.

Pautaremos nosso trabalho sobre a afirmativa de que as ideias, ou a transmissão destas, podem ganhar interpretações e visões diferenciadas de acordo com o tempo e as ideologias vigentes. Vejamos o que registra Célia Pedrosa: “Cada ideia vai- se concretizar de várias maneiras, segundo a ideia que cada povo faz de sua identidade e a tendência estética e ideológica de cada artista.”

[PEDROSA, Célia. Nacionalismo Literário. In: Palavras da Crítica. (JOBIM, J.L.  -Org.). Rio de Janeiro: Imago, 1992, P.285.]

Mostraremos as interferências ditadas pelos fazeres artísticos e pela história, na construção de um imaginário simbólico do nacionalismo brasileiro, ressaltando duas concepções artísticas:  a literatura e, especialmente, o cinema –  fontes de disseminação, multiplicação e afirmação de ideologias políticas e sociais, durante o período do Estado Novo.

Olhar o outro e o olhar do outro; a nacionalidade: particular e universal gerando contradições, afastamentos e aproximações, nesta mostragem, levam-nos à confirmação de que a busca incessante  do elo que nos liga ao passado, a necessidade  de fundamentar a questão do nacional, dá-se, quase sempre, por meio de formas discursivas aparentemente  lógicas  e extremamente persuasivas, seja qual for a forma de linguagem empregada.

O filme ARGILA de Humberto Mauro servirá como suporte exemplar para esta exposição.