DOCE DELITO

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DOCE DELITO

(Autoria: Sônia Moura)

O que fazer para preencher a lacuna
Que tu deixaste em minha vida?
Estou sozinha e não consigo
Povoar meu coração
Volta pra mim, amor,

Quero segurar a tua mão
Pousando-a sutilmente
Sobre a minha doce ilusão
Para sermos a rosa e o jasmim
No silêncio de nosso jardim

Quero sentir o sol
Brilhando no horizonte
De nosso lençol
A nos tirar da escuridão
E a nos guiar, meninos perdidos,
Para encontrarmos os caminhos
De novas emoções

Quero olhar nos teus olhos
E ver a luz nua desse teu olhar
A me banhar desejosamente
A me fazer sonhar
E a me guiar para junto de ti

Quero teus braços em concha
E o teu abraço a me amparar
Como se fosse uma casa
Onde hei de me aconchegar
E ficar a te esperar, esperar…

Quero a noite e a manhã
Dos teus beijos
Com gosto de maçã
Quero o som de tua voz
A me encantar
Com todos os segredos
Do nosso jeito de amar

Sabe, amor, estando você longe ou perto
A saudade, inquilina desvairada,
Escondida no vulcão da minha dor
Vem à tona a praticar o doce delito
De me fazer não esquecer de ti
Nunca!

(Do livro: Poemas em Trânsito de SÔNIA MOURA)

DOCE DELITO

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