Eco de aço

O som oco do eco era ouvido como se fosse aço
Penetrava na caverna labiríntica da saudade
Trazendo à lembrança uma antiga presença.

O choro descendo
E alguém me dizendo:
– Paciência
– Paciência?
– Ah! Tenha clemência!
Foi só o que pude falar

Eco oco de aço insistente
Martelando a minha saudade
Até achatá-la
Mas não para matá-la,
Como quero eu

O que faço
Com este eco de aço?
Rechaço?
Afasto?
Ou
Acolho e dele me sirvo
Para amenizar a minha dor

de amor?

(Do livro POEMAS EM TRÂNSITO de Sônia Moura)

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *