(IN-)GRATIDÃO por Sônia Moura
Sofrer uma ingratidão traz uma dor sem nome, sem cor, mas que deixa marcas profundas.
O axioma atribuído a Parsifal Barroso: “No mercado dos sentimentos, a gratidão está em baixa cotação.” Concordo com ele, cada vez mais, as pessoas se esquecem de agradecer, primeiramente ao Criador e à natureza aquilo que ganhamos de graça, pois deles somos filhos e, para reforçar, vejamos o que diz Honoré de Balzac: “A gratidão é uma dívida que os filhos nem sempre aceitam no inventário.”
Segundo Aristóteles “Gratidão é o sentimento que mais depressa envelhece.” , assim é que, rapidamente, aquele que foi beneficiado por carinhos, zelos e dádivas se afasta e se esquece da mão que o alimentou, do coração que o acarinhou, daquele sempre o amou e amará, independente da gratidão ou ingratidão do ser amado, por pura gratidão para com o ser amado, pois, “A gratidão confia no passado e o amor no presente.” (C. S. Lewis).