BANCARROTA

 BANCARROTA

BANCARROTA  (SÔNIA MOURA)

 

 Gota de lágrima

De uma alma rota

Põe quem ama

Na rota

Da bancarrota

 

Amarga

A boca

Embrulha

O estômago

Enrijece

O corpo

Entorpece

A mente

 

Para tudo!

 

Somente

O coração,

Insistente,

Bate

Descompassadamente

 

E,  sem medo

De isquemia ou de embolia,

Descontrolado

Em disritmias

O perdido coração

Segue em frente

Em busca de salvação

Em busca de milagre

Em busca de magia

Em busca da devolução

De um outro coração

Que saiu

Da sua rota

Deixando

Quem ama

A mendigar

O amor falido

Pobre ser perdido e

Na bancarrota

 

(Do livro: POEMAS EM TRÂNSITO de Sônia Moura)

                                                                                         BANCARROTA

 

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