Amigos, neste natal e em 2012, não há de falar em suas vidas:
SAÚDE
PAZ
AMOR
DINHEIRO
FELICIDADE
Com carinho, Sônia Moura
Máscaras – raízes e poderes (por Sônia Moura)
Parte III
Os povos apreenderam plenamente o significado mais profundo das máscaras ao fazerem destas um instrumento que desenha a trajetória do homem do nascimento à morte. Nem sempre a máscara traduz a emoção do indivíduo, porém, ao buscar através dela a constância das emoções e sua universalidade, o particular passa a ser compreendido e superado, e, desaparece para dar lugar ao universal, pois, por sua natureza, a máscara apresenta ligações com necessidades psicológicas básicas, comuns a todos nós.
O elemento motivador mágico- religioso das máscaras está ligado às necessidades da vida cotidiana, mas nas artes e em outros empregos , a máscara serve, especialmente, para permitir ao homem conviver com a multiplicidade da vida e para que ele possa criar novas realidades, desta forma poderá ser homem, espírito, bom, mau, animal, divindade, portanto, a máscara dá voz a metamorfoses simbólicas, este é o poder transfigurador da máscara.
Ligado às forças misteriosas, o uso ou o culto das máscaras para muitos povos propicia a capacidade de modificar a realidade e a evolução humana, penetrando no mundo sagrado de seus antepassados (humanos ou animais) e conectando-se com eles, transformando o mundo complexo e hostil em um mundo menos hostil.
A máscara permite a participação e a exploração, quando une a comunidade inteira como um único corpo em torno dela, quando da sua representação o grupo “fala” a mesma língua simbólica e complexa, que só pode ser interpretada por iniciados.
Por exemplo, para o africano, a máscara é toda a indumentária, portanto pode ser um pingente com o rosto de um antepassado ou para proteção, pode ser apenas um acessório para ser mostrado em reuniões de iniciados, pode ser vestida, colocada sobre o rosto, como capacete ou como “amuleto”.
Unindo máscara, dança e ritmo, o africano representa na máscara a essência do universo, o ponto mágico de contato e de participação do homem com a natureza, ao dar a mesma além da forma, movimento e ritmo.
Portanto, o uso de máscaras liga-se a cada evento e às suas finalidades.
Eis as principais funções de uma máscara:
a) Ajudar em disfarces;
b) servir como símbolo de identificação;
c) ajudar a esconder identidades;
d) como elemento transfigurador;
e) pode representar: espíritos da natureza, deuses, antepassados, seres sobrenaturais ou rosto de animais;
f) parte de rituais;
g) para integrar/inteirar dança e/ou movimento;
h) fundamental em expressões religiosas;
i) adereço;
j) previnir contágios de outras pessoas.
k) símbolo de caráter “enganoso”.
Assim acontecem os diálogos com realidades transcendentes…
(Apresentação UFF – 2005)
O Baile das Máscaras (por: Sônia Moura)
Parte II – Origens e Significações
A origem etimológica da palavra máscara apresenta controvérsias: maschera(árabe) >< masca(latim)= “demônio”; mashera>mashara (italiano) = bufão; maschera> mashara> masca>máscara = bruxo, feiticeira (origem celta, germânica), pode significar também: pessoa (persona- lat.), emoção; alma (seele – alemão), monstro (grego). Todas estas significações são pertinentes se levarmos em conta que o uso da máscara – facial ou corporal – permite ao homem exercitar sua loucura, sua fantasia, sua alegria, permite ser outra persona, extravasando sua emoção, liberando seus monstros, seus demônios e a sua fé, sua convivência com o desconhecido, com a vida e com a morte.
Assim a palavra confirma as significações…
As máscaras originaram-se na tatuagem e na pintura corporal, no disfarce animal utilizado pelo caçador e no culto dos crânios nas sociedades primitivas, com os grandes criadores chamados “povos nus”, para os quais a máscara não representava ou simbolizava o demiurgo ou o ancestral, a máscara era o próprio.
Assim os deuses se manifestavam…
E, desde os princípio, o valor artístico da máscara está ligado a seu valor simbólico e ao seu poder de expressão, uma vez que estes permitem ao homem a catarse dos seus males, a convivência entre este e outros mundos e a vivência de suas alegrias. Sabe-se que muito deste conteúdo perdeu-se enquanto objeto concreto, mascarando-se em disfarces psicológicos, filosóficos ou sociológicos ligados às necessidades sociais de sobrevivência.
Assim a arte interage com a magia, com o sagrado, com o profano e com o dia a dia …
(Apresentação – UFF/2005)
É sempre bom ajudar a quem precisa, concordam?
Uma verdadeira rede de solidariedade se forma em prol das vítimas das chuvas que atigiram a Região Serrana do Estado do Rio. A maior necessidade é por água, leite em pó, materiais de higiene e limpeza e colchões. Confira os endereços onde os donativos podem ser entregues:
Flamengo, Catete, Largo do Machado – rua Correa Dutra, 99 / rua Machado de Assis, 50
Batalhões da PM/RJ: Todos os batalhões da PM do Estado do Rio de Janeiro vão recolher doações.
Polícia Rodoviária Federal : – BR-116: Km 133 (funciona 24h); – BR-101: Km 269 (funciona 24h); – BR-040: Km 109 (das 8h às 17h); – BR-116: Km 227 (das 8h às 17h)
Cruz Vermelha: – Praça da Cruz Vermelha 10, Centro do Rio.
Praças de pedágio da BR-040 (Concer): Duque de Caxias (km 104); Areal (km 45); Simão Pereira (km 816);Sede da concessionária (km 110/JF, em Caxias)
Rodoviária Novo Rio: – Avenida Francisco Bicalho 1, Santo Cristo, no embarque inferior, das 9h às 17h.
Supermercados do Grupo Pão de Açúcar: – Há postos de coleta em todas as 100 lojas das redes Pão de Açúcar, ABC CompreBem, Sendas, Extra Supermercado e Hipermercados e Assaí em todo o estado.
Petrópolis: Centro da cidade: Rua Aureliano Coutinho 81.
Itaipava: Igreja Wesleyana, no Vale do Cuiabá, e na Igreja de Santa Luzia, na Estrada das Arcas.
Teresópolis – Ginásio Pedrão, na Rua Tenente Luiz Meirelles 211, Centro.
Estações do metrô (RJ) – Carioca, Central, Largo do Machado, Catete, Glória, Ipanema/General Osório, Saens Peña, Botafogo, Nova América/Del Castilho e Siqueira Campos/ Pavuna
**Hemorio recebe doações de sangue – 7h às 18h, todos os dias da semana, inclusive aos sábados, domingos e feriados – Rua Frei Caneca, 8 – Centro – Tel.: 0800- 2820708
Amor, Amor! (por Sônia Moura)
O amor precisa ser cuidado, ou melhor, muito bem cuidado.
É mais ou menos como fazer um doce ou uma geléia de frutas, é preciso mexer, mexer e mexer o tempo todo, se não o doce gruda no fundo da panela e queima, perdendo o sabor da fruta para dar lugar a um sabor amargo. Então, o que fica é apenas o gosto do doce queimado.
Também, se estacionarmos o amor sempre no mesmo lugar, sem cuidarmos para que ele não se grude na rotina, ele vai perdendo o sabor, a cor, o ardor.
Tal qual uma planta, ainda é preciso que alimentemos o amor com a clareza de nossas ações, com a claridade solar de nossas decisões e com o ar soprado por nossas emoções.
É urgente amar o amor, fazer dele nosso brinquedo preferido, embora ele precise ser levado a sério, mas, que esta seriedade não lhe tire o charme e a graça gostosa de amar.
Assim como o beijo dos apaixonados, o amor precisa ser beijado, com a sofreguidão que surgir no momento, às vezes, mais leve, mais amigo e outras vezes mais amante.
Amor é um jeito de amar que permite o abraço sem o uso dos braços, basta um olhar de ternura para que o outro se sinta abraçado.
Amor é muito e é pouco, depende do dia, depende da hora, ou melhor, depende do momento, por isto é preciso saber dosar.
Amor é o gozo infinito que se entranha em nossa memória e nos faz rir, mesmo quando todos estão sérios, mesmo depois de tanto tempo, basta deixar o pensamento voar…
O tempo, senhor de tudo e de todos, curva-se ante o bom do amor, ele passa, mas o amor fica a fazer-lhe caretas, como uma criança levada que sabe nos conquistar.
Quando se trata de amor, a lucidez e a loucura vestem a mesma camisa de força, deixando o mundo girar, enquanto brincam de esconde-esconde nas fendas do real e da fantasia.
O encantamento do amor anula o objetivo e o subjetivo, pois estes se afogam e se afagam à luz do luar, formando bolhas de sabão que explodem no ar das ilusões.
A palavra é pouca para falar de amor, pergunte aos apaixonados, pergunte aos enamorados.
Amor é som, é silêncio e eco, quando se apossa de nós e nos ensurdece com palavras que sempre ouvimos, mas que, no instante do amor, são nossas, exclusivamente de quem está amando e sendo amado.
Amor é desejo em forma de ternura, de gesto e de loucura, por isto o amor precisa ser cuidado e muito bem cuidado!
(Do livro MINIMAMENTE CRÔNICAS de Sônia Moura)
AMOR DE CALÇAS CURTAS (Autoria: Sônia Moura)
Num tom de lamúria ou decepção, não sei bem, Ângela me disse: – O amor nos prega cada peça!
Seu olhar fugia da direção do meu, parecia que aquele olhar indeciso se perdia num mundo próprio, num mundo de dúvidas e ansiedade.
Concordei com ela. Como entender as coisas do amor ou do coração? Será que alguém pode responder a esta pergunta?
Tentando desatar o nó que guarda as muitas faces de Cupido, resolvi filosofar e desfiei meu rosário de teorias e definições sobre este complexo sentimento, embora soubesse que ninguém e nada consegue, verdadeiramente, explicar o que é o amor.
Eros é um menino de calças curtas, um menino levado que vive a brincar com a gente. Este menino gosta de pregar peças, mas, por ser menino, também espalha carinhos, meiguices, faz graça, nos cativa, pede atenção, nos dá atenção, ou nos ignora.
Alguns dizem que o amor é cego, outros, que ele é louco, há também os que acham que é sonho, para outros, é pesadelo. E por aí vai…
Não adianta tentar decifrar o amor, ele foge de qualquer definição ou explicação, não há leis ou regras que consigam aprisioná-lo, isto é fato.
Para a gramática, amor é substantivo comum abstrato, engraçado, porque, na prática, o amor de comum e abstrato, nada tem, ele é incomum e apresenta uma concretude nunca vista, não acha? Perguntei à moça do olhar ressabiado.
Também não há coletivo para o amor, mas, a bem da verdade, todos os seres, quando estão amando, passam a pertencer a uma mesma espécie, os desejos são coletivos, todos desejam igual, todos querem ser felizes no amor.
Como a formação coletiva de uma cordilheira, o encontro de duas almas assemelha-se ao sistema de montanhas coladas entre si, que, tal qual os amantes, por meio desta união se tornam um só.
Após o meu discurso, pela primeira vez, Ângela olhou-me nos olhos e pude ver neles alguma esperança, pareciam dizer-me que Ângela agarrava-se a uma nova forma de ver o amor, em seu olhar havia alguma alegria. Só não sabia em que ponto eu havia tocado aquele coração, que se mostrava através do seu olhar.
Tentei tirar dela a explicação para aquela cor de esperança a saltar-lhe dos olhos, ela negou-se a revelar-me o motivo da mudança.
Em momentos de dúvida, os fantasmas plantados em nossas fantasias, nos vendem quimeras e eu comecei a divagar por entre os canteiros de minhas ilusões e, no silêncio dos meandros da minha mente.
Percebi, então, que quem tentar entender o amor, estará sempre solitário, será sempre órfão, mas que, partir de nossa conversa, Ângela não estava mais órfã, pois erguera-se e estava pronta para encarar o amor, esta aventura suspensa pelas pernas.
Confirmei que, agora, seu olhar mudara e era todo ardor, embora sua alma me dissesse, através dos seus olhos, que sabia dos caminhos tortuosos, os quais ela teria que percorrer, a fim de dar-se plenamente ao amor, mas, ao mesmo tempo, vi que ela sabia que valeria a pena desnudar-se dos arreios das incertezas para conseguir viver o amor maior.
Apesar de estar convencida de que algo mudara drasticamente para Ângela, resolvi alargar o meu discurso, só para acalmar meu coração.
Assim, continuei a falar…
O mistério do amor deve ficar dormindo até o momento em que venhamos a nos arriscar e abrir as janelas das almas e dos olhos para recriar o mundo do amor ponto por ponto, caminho por caminho, alegria por alegria, senão, estaremos para sempre fadados a viver como o amor-menino, de calças curtas e não com o amor. Ângela e suas incertezas, finalmente, acordaram minha desilusão.
(Do livro: MISTÉRIOS E SAUDADES de Sônia Moura)
VALEU ZUMBI! VALEU BESOURO! VALEU MESTRE ALÍPIO!
(Autoria: Sônia Moura)
A bem da verdade muitos são os nomes de heróis anônimos que resistiram bravamente, lutando contra a imbecilidade da escravidão. Homens e mulheres “negros como a noite” guerrearam, como puderam, pelo seu povo, tão injustiçado e massacrado.
Tenho certeza de que é enorme a lista com os nomes daqueles que defenderam e defendem seus direitos como cidadãos.
Fui assistir ao filme “Besouro, Cordão de Ouro”, um bom filme, embora, particularmente, eu tenha gostado mais da peça teatral, ambos, filme e peça contam a história de Manuel Henrique Pereira (1895 — 1924), conhecido como Besouro Mangangá ou Besouro Cordão de Ouro, que foi um lendário capoeirista da região de Santo Amaro da Purificação, na Bahia.
Besouro ousou desafiar o estabelecido, ou seja, ainda que a escravatura já tivesse sido, legalmente, abolida, na mente e na alma de muitos, negros nascem para ser escravo e a negrada continuava escravizada, mas muito resistiram, lutaram e, apesar de serem considerados loucos, conseguiram a duras penas e durante longos anos, mudar muito lentamente (ainda está mudando) a realidade dos negros neste nosso país.
Para pensarmos …
Por que será que, até os dias de hoje, ao ouvirem absurdos como os que foram ditos por um personagem que massacrava os negros: “negro quando não faz na entrada, faz na saida” ou “negro foi feito para trabalhar, são bichos” e outras sandices, as pessoas ainda acham estas loucuras engraçadas. Ontem, ao ouvir frases como estas, uma boa parte da assistência veio abaixo, foi uma gargalhada geral.
E eu, estarrecida, a implorarar: “– Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem!”
É por estas e outras que conclamo os céus, buscando entender como, por puro preconceito, seres humanos submetem a humilhações, castigos e a trabalhos forçados outros seres, apenas porque a cor de sua pele é diferente, só mesmo apelando a Deus: “Senhor Deus dos desgraçados! /Dizei-me vós, Senhor Deus , /Se eu deliro… ou se é verdade /Tanto horror perante os céus?!..”.
E que os Orixás nos guardem e nos protejam!
Valeu ( e sempre valerá), irmãos!
RECEBA AS FLORES QUE LHE DOU…
(por Sônia Moura)
Hoje nasce, mais uma vez, a PRIMAVERA, para mim, uma estação na qual quero sempre desembarcar e colher as flores que nela aparecem com mais vida.
Para este ritual de esperança, que por sobre a terra se debruça, temos dois nomes: a Primavera do hemisfério norte é chamada de “Primavera boreal”, e a do hemisfério sul é chamada de “Primavera austral”.
Claro está que a nomenclatura diferenciada não faz a menor diferença para os poetas, pois, em qualquer tempo que a primavera surja, em todas as montanhas, serras, vales, rios, estradas e jardins, a beleza e a leveza deste momento, mostrará uma orquestra de flores ou da fauna a encantar a vida.
Sugiro que, no primeiro dia do “primeiro verão”, enviemos flores a quem nosso coração indicar.
Assim sendo, deixo aqui a todos que nos visitarem estas flores, como gesto de fraternidade e amor. Desejando a todos:
FELIZ PRIMAVERA, VERÃO, OUTONO E INVERNO!
DIETA DO AMOR (Autoria: Sônia Moura)
O meu amor caminha solitário
E nenhum canto consegue acompanhá-lo
E assim ele segue no silêncio
Ruminando velhas palavras
Que se escondem dentro de mim
Num espetáculo de acrobacias sem fim
O meu amor caminha solitário
Abstendo-se de amar e errar
E eu, abstenho-me de degustar
Inteiramente o bom do amor
Faço dieta de amar e de sonhar
Faço a dieta do amor
O meu amor caminha solitário
Cheio de contusões e de fraturas
Precisaria ser muito bem cuidado
Mas me recuso a entregá-lo a qualquer um
Por isto, multiplico minha imagem:
Sou meu médico, meu tutor, meu guia
Não me alimento mais de ilusões
Secou meu poço de emoções
Vivo no deserto de minhas verdades
O meu amor caminha solitário
E para ele não haverá novos sentidos
Não haverá mais palavras novas pois,
Nenhuma delas irá mais me convencer
Hoje sou silêncio
Sigo sem pensar em nada
Escondo o meu amor
Deixo-o dormitar
Num canto solitário da saudade
Não quero pensar em nada
Não tenho mãos para segurar
Não tenho colo para me aninhar
Preciso me acostumar com a solidão
O meu amor caminha solitário
Fugindo de mãos e bocas traiçoeiras
Abro meus olhos
Ligo o botão da atenção
Estou sozinha
Sou sozinha
Vivo agora no meu mundo-solidão
Não quero visitas
Não quero invasão
Escondo-me de mim mesma
Escondo o meu amor lá no porão
Resguardo-o da luz
Defendo-o
Não o quero mariposa
Tonto e desvairado a buscar
A falsa luz de um olhar
Ou de promessas vãs
O meu amor caminha solitário
Enquanto meu corpo vive distante de minh´alma
Não quero mais me empapuçar de vãs promessas
Faço esta dieta para manter
A estética do meu coração
O meu amor caminha solitário
Há muito, muito tempo
E eu ainda não me acostumei
Driblo esta realidade
Inventando mentiras
Tão claras como o dia ensolarado
Mentiras que fingem ser clones
Das mais puras verdades
Quando digo que vou deixar o amor de lado
Ah!, minhas mentiras são bolhas de sabão
Que se arrebentam ao som destes meus versos
Pois ao primeiro chamado do amor
Largo esta dieta
E volto a me empapuçar
Com todos os doces momentos
Que o amor me apresentar
Então transfiro para um cofre reforçado
Todas as minhas falsas verdades
E me deixo plena para o amor e
Jogando fora palavras incapazes
Nado para a margem mais próxima
Agarro-me ao primeiro ramo salvador
Para viver mais uma vez a plenitude
De um novo amor
(Do livro: Poemas em Trânsito de Sônia Moura)