O Baile das Máscaras (por: Sônia Moura)
Parte II – Origens e Significações
A origem etimológica da palavra máscara apresenta controvérsias: maschera(árabe) >< masca(latim)= “demônio”; mashera>mashara (italiano) = bufão; maschera> mashara> masca>máscara = bruxo, feiticeira (origem celta, germânica), pode significar também: pessoa (persona- lat.), emoção; alma (seele – alemão), monstro (grego). Todas estas significações são pertinentes se levarmos em conta que o uso da máscara – facial ou corporal – permite ao homem exercitar sua loucura, sua fantasia, sua alegria, permite ser outra persona, extravasando sua emoção, liberando seus monstros, seus demônios e a sua fé, sua convivência com o desconhecido, com a vida e com a morte.
Assim a palavra confirma as significações…
As máscaras originaram-se na tatuagem e na pintura corporal, no disfarce animal utilizado pelo caçador e no culto dos crânios nas sociedades primitivas, com os grandes criadores chamados “povos nus”, para os quais a máscara não representava ou simbolizava o demiurgo ou o ancestral, a máscara era o próprio.
Assim os deuses se manifestavam…
E, desde os princípio, o valor artístico da máscara está ligado a seu valor simbólico e ao seu poder de expressão, uma vez que estes permitem ao homem a catarse dos seus males, a convivência entre este e outros mundos e a vivência de suas alegrias. Sabe-se que muito deste conteúdo perdeu-se enquanto objeto concreto, mascarando-se em disfarces psicológicos, filosóficos ou sociológicos ligados às necessidades sociais de sobrevivência.
Assim a arte interage com a magia, com o sagrado, com o profano e com o dia a dia …
(Apresentação – UFF/2005)
olha so oque sra acha!!