ONTEM, HOJE, AMANHÃ

ONTEM, HOJE, AMANHÃ

ONTEM, HOJE, AMANHÃ

Ontem, cometi uma gostosa aventura, dei-me de presente de natal ir assistir ao show de Roberto Carlos nas areias de Copacabana. E foi lindo!!!!

Hoje, acordei nos braços da  felicidade, embalada pela fantasia das lembranças.

Amanhã, neste novo ano que já vai nascer, vou manter contato permanente com a esperança, pois sei que os céus irão fazer chover aqui na minha horta muito amor e alegria

AO PÉ DO OUVIDO

AO PÉ DO OUVIDO

(por Sônia Moura)

 

Enviei uma cartinha ao Papai Noel e pedi a ele que entregasse a você algo bem legal, como presente de natal.

ao pé do ouvido

 -Uma pedra preciosa, está bom? Perguntou ele e mostrou-me esta linda esmeralda em forma de coração. 

AO PÉ DO OUVIDO

Realmente é um belo presente, mas, Papai Noel, disse eu, acho que ainda é pouco, esta pessoa merece muito mais e, se eu pudesse, faria com que todos os desejos dela fossem atendidos. Então, o bom velhinho mostrou-me mais estes lindos presentes .

 AO PÉ DO OUVIDO

 Pedi para que ele entregasse a você todos estes presentes e para que não se esquecesse de lhe dizer ao pé do ouvido que EU AMO VOCÊ!

 E lhe lhe desejo, de todo 

 ao pé do ouvido

 UM FELIZ NATAL e UM ÓTIMO ANO NOVO!

  

 

 

 

 

MEU BRASIL, BRASILEIROS!

 MEU BRASIL, BRASILEIROS

Meu Brasil, brasileiros! (por Sônia Moura)

 Ao falar sobre a falta de atenção em relação aos problemas do nosso país, muita gente boa costuma dizer que o povo “não está nem aí” para nada, são cordeirinhos acatando tudo e não se rebelendo e, para completar dizem: SÓ MESMO NO BRASIL!

Ora, as coisas boas e ruins acontecem em todas as partes do mundo, uma vez que este é formado e administrado por seres humanos, assim, não há como fugir desta formação.

Está claro que alguns países, por seu passado histórico e por seu presente, já se organizaram de forma mais coerente e, principalmente, decente, e, nestes países, a cidadania é vista e tratada com o devido respeito.

Concordo que o Brasil ainda precisa fazer muito para alcançarmos um posto melhor para o cidadão, seus direitos e deveres.

Mas, sinceramente, devemos parar com esta história de “isto só acontece no Brasil”, “no Brasil é assim mesmo” e outras afirmativas que só mostram a nossa visão sobre nós mesmos, isto é, mostra um povo com a auto-estima lá no pé.

Se não valorizarmos o que é nosso, quem irá valorizar? Isto não quer dizer “fechar os olhos” para a realidade, devemos combater o que estiver em desacordo com a dignidade do povo, sem nos esquecermos de que também temos o nosso lado bom e digno.

Contrariando o que se diz sobre o Brasil e sobre os brasileiros, leiam esta boa notícia e percebam o quanto nós, brasileiros, temos consciência do que deve ser combatido:

 

“A corrupção é considerada um problema “muito grave” por 96% dos brasileiros – maior percentual entre os 26 países estudados em uma pesquisa encomendada pela BBC”

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/12/101208_corrupcao_pesquisa_bbc_rp.shtml

 MEU BRASIL, BRASILEIROS!

 

NO HORIZONTE, A DOR E O SILÊNCIO

No horizonte, a dor e o silêncio

NO HORIZONTE, A DOR E O SILÊNCIO (por Sônia Moura)

 A minha dor mostra o que eu sou e quem eu sou, aponta para o alvo de como me sinto naquele momento e, também, de como a sinto, na verdade ela, por um tempo, é a minha voz sussurrada e, neste tempo, comanda minhas palavras e deixa fluir todos os golpes desferidos pelo que provocou a sua ira.

O meu silêncio fala por mim, não necessito de palavras para falar da minha dor, ela se estampa em outdoors, se espalha pela internet, se exibe nas vitrines das livrarias, passeia pelo shopping em busca de amparo, comove pelas telas dos cinemas e das tevês, se revela na sala de terapia e entope os ouvidos pacientes dos amigos.

 A minha dor associada ao meu silêncio faz a menina que mora em mim se apresentar e reviver o passado, o qual se espraia em meu presente, convidando-me a dar a mão ao meu destino, para que eu possa povoar-me de mim mesma.

O silêncio associado à minha dor revira o meu mundo, para confirmar a brevidade do tempo e a densidade dos nossos sentimentos, porque a minha dor não fala só por mim, ela fala também sobre o(s) outro(s), e ainda pode ser calada pelos atos do(s) outro(s).

 Dou a mão à minha dor, porque sinto que é hora de ela me guiar, enquanto meu olhar baila pelas linhas do horizonte e me faz entender que não posso me limitar à dor da dor, devo deixar este tempo de silêncio e dor viverem em mim, na certeza de que a tristeza, filha da dor, seguirá o seu caminho.

A dor me abraça e o silêncio me acarinha, preciso de um poema para me consolar; o silêncio entrega-me um livro que poeta sobre o amor e sobre o amar, mostrando que a dor tem seu limite, assim como a linha do horizonte, a dor sempre nos deixa entre um céu e um mar de emoções caudalosas.

Então, é preciso fazer do coração um mar aberto e deixar o olhar interior perder-se na vasta planície da calma, para poder sentir e compreender todo o palpitar curvo da dor, a fim de que a culminância do que me corrói a alma, seja visto em sua plenitude, sem escamoteações.

Por trás do horizonte, este ponto de fuga, há outras paisagens, outras paragens, outras gentes, as quais é preciso descobrir, reencontrar ou mesmo contemplar, por isto antes de expulsar a dor do paraíso dela, aplaudo-a freneticamente, lanço-lhe um olhar e um sorriso, ainda que tristonhos, por ter a certeza de que ela irá partir.

Aprendo que esta não será a última dor e nem este será o último silêncio, no entanto, o que importa mesmo é voltar meu olhar para o horizonte e compreender que, ao atravessar os tortuosos caminhos do bosque submerso da dor, aprenderei a renascer.

 (Do livro COISAS DE MULHER de Sônia Moura)

 No horizonte, a dor e o silêncio

ÊXODO

 ÊXODO

Êxodo  (por Sônia Moura)

 Esta semana, a televisão mostrou imagens impressionantes, chocantes e dolorosamente tristes para todos nós.

Nossos corações batiam forte, apavorados, tentando entender o que os nossos olhos assustados quase se negavam a registrar, mas, uma cena em particular chamou a minha atenção, em bando, desesperados, homens fugiam de uma favela para outra, tentando se livrar da polícia e, assim, quem sabe, salvar suas miseráveis vidas.

No primeiro momento, um misto de revolta, raiva, medo, preocupação e espanto se apossou de mim, depois, bateu uma tristeza muito, mas muito grande, pois, ver aquela cena dantesca, trouxe à baila realidades há muito escondidas.

Geralmente o êxodo está ligado a desgraças, massacres, perseguições, descasos, quase sempre, ele é provocado por situações muito dolorosas. Por exemplo, o grande êxodo bíblico –a saída dos hebreus do Egito; no Brasil, infelizmente é constante o êxodo do povo do nordeste para o sudeste, todos premidos por circunstâncias tão desumanas; o êxodo de mexicanos e outros mais da América do Sul que arriscam suas vidas, migrando para a América do Norte, em busca de uma vida melhor e, na atualidade, temos também o êxodo de jogadores e modelos, para a Europa, em busca da fama e do dinheiro.

A maioria foge a pé, em bandos, rotos, tristonhos, outros, em aviões, com sorrisos, pois já anteveem um futuro esplendoroso, ainda assim, seja como for, deixam para trás amigos, amantes, pais, sua terra e tanta coisa mais.

 Já faz um tempo que muitos dos nossos antepassados negros também fugiam, fazendo seu êxodo para os Quilombos ou mesmo para o meio da mata, a fim de se livrarem dos tristíssimos castigos a que eram submetidos e para desfrutarem a tão desejada liberdade.

Eram eles culpados por serem escravos ou eles eram apenas vítimas de uma escravidão política e social, assim, como estes homens, quase todos negros ou mulatos, também vítimas da desigualdade social e dos maus tratos emocionais a que são submetidos?

Diferente das outras histórias sobre o êxodo, a diáspora desta semana era muito especial, aqueles homens fugiam de si mesmos, de suas vidas atrapalhadas, pareciam ratos, eram ratos, eram restos.

 Claro que todos estamos indignados, claro que todos estamos revoltados, e, em nossos corações será muito difícil enroscar-se um pouco de piedade, mas, sabemos que por trás destes pobres diabos, que se sentem tão “poderosos”, mas que são tão-somente “bois de piranha”, que estão ali para morrerem, para aparecerem na mídia e para serem penalizados. Agora eu pergunto: – Onde estão os verdadeiros chefes destes bandos? Onde estão aqueles que sevam estas criaturas com fantasias de poder, para que depois eles sejam “sacrificados”, em nome do “deus maior” – a droga.

 Cristo Redentor, olhe por nossa CIDADE MARAVILHOSA!

 **Deixo bem claro que nada disto tira de nós a revolta pelos crimes que estes excluídos praticaram, apenas vieram-me à memória fatos históricos que facilmente poderão nos fazer entender (não aceitar), tudo o que está acontecendo.

 ÊXODO

 

 

 


AMOR, AMOR!

 AMOR! AMOR!

Amor, Amor!  (por Sônia Moura)

 

O amor precisa ser cuidado, ou melhor, muito bem cuidado.

É mais ou menos como fazer um doce ou uma geléia de frutas, é preciso mexer, mexer e mexer o tempo todo, se não o doce gruda no fundo da panela e queima, perdendo o sabor da fruta para dar lugar a um sabor amargo. Então, o que fica é apenas o gosto do doce queimado.

Também, se estacionarmos o amor sempre no mesmo lugar, sem cuidarmos para que ele não se grude na rotina, ele vai perdendo o sabor, a cor, o ardor.

Tal qual uma planta, ainda é preciso que alimentemos o amor com a clareza de nossas ações, com a claridade solar de nossas decisões e com o ar soprado por nossas emoções.

É urgente amar o amor, fazer dele nosso brinquedo preferido, embora ele precise ser levado a sério, mas, que esta seriedade não lhe tire o charme e a graça gostosa de amar.

Assim como o beijo dos apaixonados, o amor precisa ser beijado, com a sofreguidão que surgir no momento, às vezes, mais leve, mais amigo e outras vezes mais amante.

Amor é um jeito de amar que permite o abraço sem o uso dos braços, basta um olhar de ternura para que o outro se sinta abraçado.

Amor é muito e é pouco, depende do dia, depende da hora, ou melhor, depende do momento, por isto é preciso saber dosar.

Amor é o gozo infinito que se entranha em nossa memória e nos faz rir, mesmo quando todos estão sérios, mesmo depois de tanto tempo, basta deixar o pensamento voar…

O tempo, senhor de tudo e de todos, curva-se ante o bom do amor, ele passa, mas o amor fica a fazer-lhe caretas, como uma criança levada que sabe nos conquistar.

Quando se trata de amor, a lucidez e a loucura vestem a mesma camisa de força, deixando o mundo girar, enquanto brincam de esconde-esconde nas fendas do real e da fantasia.

O encantamento do amor anula o objetivo e o subjetivo, pois estes se afogam e se afagam à luz do luar, formando bolhas de sabão que explodem no ar das ilusões.

A palavra é pouca para falar de amor, pergunte aos apaixonados, pergunte aos enamorados.

Amor é som, é silêncio e eco, quando se apossa de nós e nos ensurdece com palavras que sempre ouvimos, mas que, no instante do amor, são nossas, exclusivamente de quem está amando e sendo amado.

Amor é desejo em forma de ternura, de gesto e de loucura, por isto o amor precisa ser cuidado e muito bem cuidado!

 

(Do livro MINIMAMENTE CRÔNICAS de Sônia Moura)

 AMOR! AMOR!

ZUMBI, VALEU!

 ZUMBI, VALEU!

ZUMBI, VALEU!  (por SÔNIA MOURA)

 

“Ainda vai levar um tempo/Pra fechar/O que feriu por dentro…” (LULU SANTOS)

 

Estes versos de Lulu Santos nada têm a ver com escravidão ou Zumbi dos Palmares, mas, neste instante, me servem como pretexto e inspiração para falar sobre ZUMBI DOS PALMARES.

É…

“Ainda vai levar um tempo/Pra fechar/O que feriu por dentro…” E por fora também.

Ainda vai levar um tempo para que as marcas das chibatas que feriram as peles negras se dissolvam com o tempo.

Ainda vai levar um tempo para que as marcas dos grilhões que aprisionavam vidas se arrebentem, de fato.

Ainda vai levar um tempo para que o ranço do preconceito contra os negros se dane e morra para sempre.

Ainda vai levar um tempo para que dignidades e  identidades sejam resgastas.

Ainda vai levar um tempo para que possamos conviver neste planeta, lembrando-nos de que pertencemos todos a mesma raça: a raça humana.

E embora“Assim caminhe a humanidade/ Com passos de formiga/ E sem vontade…”(Lulu Santos), ZUMBI, sua luta não foi em vão.

 

ZUMBI, VALEU!

 ZUMBI, VALEU!

PRECONCEITO e IGNORÂNCIA

 IGNORÂNCIA e PRECONCEITO

  PRECONCEITO e IGNORÂNCIA (por Sônia Moura)

 

Apesar de o Comando Militar do Leste negar a participação de militares no atentado contra um estudante que participou da Parada Gay, no último domingo (14), no Rio de Janeiro, a Polícia Civil não descartou essa possibilidade. Foi o que afirmou, hoje (16), o delegado Fernando Veloso, titular da delegacia do bairro do Leblon (zona sul da cidade), onde o caso foi registrado. “A investigação é recente, começou agora. Por enquanto, a gente não pode eliminar nenhuma possibilidade”, disse Veloso.”

 

“A orientação para os homossexuais vítimas de qualquer tipo de violência é que denunciem. O telefone

0800 023 4567 é um serviço gratuito para denúncias de homofobia. De acordo com ele, são recebidas, em média, duas denúncias de violência contra homossexuais por dia no estado do Rio”.

 

Estarrecida, leio a notícia de que três jovens foram maltratados e humilhados, após participarem da Parada Gay, em Copacabana.

Os acusados por esta barbárie são militares graduados, pessoas que deveriam, por dever e por ofício, salvaguardar não só o país, mas, também, seus cidadãos, no entanto, não foi o que se viu.

A razão da violenta agressão foi o fato de eles terem uma opção sexual diferente, apenas isto. De fato, como entender tamanha discriminação, tamanha falta de limite e de respeito ao próximo?

Os supostos agressores são seres com boa escolaridade, mas, o que será que eles aprenderam sobre como tratar seu próximo? O que será que eles aprenderam como respeitar o próximo ou como se respeita a si mesmo? A resposta é simples: NADA!

 

Enfim, esperemos que a justiça seja feita e que estas mentes tacanhas sejam agraciadas com a visita do bom senso e da decência. AMÉM!

 

*http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/11/16/policia-nao-descarta-participacao-de-militares-no-atentado-contra-homossexual-no-rio.jhtm

PRECONCEITO e IGNORÂNCIA

 

“NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO”

 NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO

“NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO” (Autoria: Sônia Moura)

 Todos sabiam que ela era uma “SANTINHA DO PAU OCO” e, por ser “SEM EIRA NEM BEIRA”, colocou na cabeça que só iria se entregar a um homem endieirado, todos desacreditavam que ela conseguisse, afinal, ela não era lá “ESSA COCADA TODA”.

A santinha retrucava dizendo: “CADA COISA A SEU TEMPO”, ela era daquelas que seguia fielmente o que diz o ditado: “ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA TANTO BATE ATÉ QUE FURA”.

Assim, a moçoila prosseguia em sua busca do príncipe endieirado e, claro, encantado também. O tempo passava e todos riam dela e ela jurava se vingar de todos, o povo do local gritava: “CÃO QUE LADRA NÃO MORDE!”. Ela só dizia: – me aguardem!me aguardem! E continuava a sua busca, pois sabia que “ÁGUAS PARADAS NÃO MOVEM MOINHO”.

 Um belo dia, (em todo Conto de Fadas sempre tem: Um belo dia..), bom, mas como eu ia dizendo: um belo dia,  um grande navio aportou na cidade e como “QUEM VAI AO MAR AVIA-SE EM TERRA”, um belo jovem aviou-se e foi conhecer a cidade e, claro, procurar uma namoradinha afinal, tanto tempo no mar…

Foi aí que a fada madrinha deu lá a sua mãozinha e colocou o lindão e a não tão linda Amélia frente a frente e como “A OCASIÃO FAZ O LADRÃO”, a santinha vendo aquele bonitão dando sopa, aproximou- se dele e descobriu que o rapaz não era um “sem posses”, tinha lastro (ele e o navio), então, ela tratou de atracar-se a ele.

Não é que a estratégia deu certo?

E como os antigos diziam que “SE PESCA PEIXE DE OLHO NO GATO”, Amelinha cuidou de se precaver e não largou o seu peixão nem por um minuto.

O rapaz que se julgava muito esperto, pensou que iria desfrutar do que ela pudesse lhe oferecer e depois era só “METER SEBOS NAS CANELAS”.

Como em toda história de amor também tem sempre um apaixonado não correspondido, Jonas vivia suspirando por Amelinha que não queria saber, porque ele era pobre. Coitado, como não teria a menor chance com a moça, Jonas mudou-se para outra cidade, melhor dizendo, para capital e, por muito tempo, pouco se soube sobre ele..

O tempo continuava passando…

Dizem que “DEUS ESCREVE CERTO POR LINHAS TORTAS”, acho que isto é mesmo verdade, pois, o gostosão do Benito apaixonou-se e subiu ao altar com a “interesseira” Amelinha, não teve como escapar.

Tempos depois…  lá estava Amelinha lavando, passando e cozinhando para o falso rico… Coitada! A moça, literalmente, “CAIU DO CAVALO”, mas o lindo bebê que ela segurava nos braços ajudou-a a conformar-se pensando: “VÃO-SE OS ANÉIS E FICAM OS DEDOS”.

 E o tempo assistia a tudo e ria, ria…

Um belo dia (eu não disse?), Jonas chega à cidade natal, todo lindo, num carrão de fazer inveja a artista famoso, casadíssimo como uma linda mulher. (Geralmente, homem rico se casa com uma linda mulher, e Jonas não fugiu à regra).

Segurando o seu rio de lágrimas, da janela lateral do quarto de dormir, Amélia viu Jonas passar altaneiro em seu carrão, tentou recompor-se, mas, cá pra nós, ela preferia não ter visto aquela cena, pois, todos sabem que “OS OLHOS NÃO VEEM O CORAÇÃO NÃO SENTE”.

Enquanto isto, Jonas, fingindo que não via a mulher que sempre o desdenhou, pensava com os seus botões e um grande sorriso matreiro: “QUEM RI POR ÚLTIMO RI MELHOR”.

 (Do livro: Brincadeira de Criança de Sônia Moura)

NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO

 

TRÊS MOCINHAS ELEGANTES

 TRÊS MOCINHAS ELEGANTES

TRÊS MOCINHAS ELEGANTES  (Autoria: Sônia Moura)

  

Quero escrever um poema

Em que sorriam minhas parceiras

As três mocinhas elegantes

Fanopeia

Melopeia

Logopeia

Meninas estonteantes

Para alegrar a plateia

Com versos que explodem

No poema brindando

Paulo Leminsk

 

Para que eu possa beber

Dos sabores da poesia

Tragam-me uma taça

Feita de palavras malabaristas

Fantasiadas de artista

Misturando luxo e lixo

Num louco carnaval

Fazendo prosopopeia

Salve, Fanopeia!

 

 Quero versos musicais

Que brindem meus ouvidos

Com cânticos de tempos idos

Vindos do fundo da lua

Da boca dos enamorados

Da boca dos revoltados

Da boca dos renegados

Quero a melodia- poesia

Com gosto de minha terra

Gosto de café com pão

Saboreado num trenzinho

Transformado em poesia

Cheia de muitas ideias

No mais lindo visual

Salve, Melopeia!

 

Quero versos em que as ideias

Brinquem na roda do poema

E façam o mundo girar

 

E que no campo da ilusão

Os versos serpenteiem

E as metáforas se espalhem

Fazendo deles

Algo sem comparação

Sem nenhuma limitação

Que significados e significações

Deem o troco

E saiam da toca

Como misses vitoriosas

Com beijos e muitos acenos

E suas lágrimas virando riso

Com cabelos de Medeia

Salve, Logopeia!

 

(Do livro: POEMAS EM TRÂNSITO de Sônia Moura)

 TRÊS MOCINHAS ELEGANTES