TEMPO! TEMPO! TEMPO!

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TEMPO! TEMPO! TEMPO! (Autoria: Sônia Moura)

 

Por ser multifacetado, o tempo é criança, jovem, velho; é também presente, passado e futuro, é finito e infinito e pode ser  longo ou curto. O tempo é tão poderoso que pode ser de espera ou de encontro, de alegria ou de tristeza; ele é invencível, é soberano, é sempre senhor, nunca escravo, por  isso é que dizem: o tempo é o Senhor de tudo e de todos.

 Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: chronos e kairos. Enquanto o primeiro refere-se ao tempo cronológico (ou sequencial) que pode ser medido, esse último significa “o momento certo” ou “oportuno”: um momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece.

A teologia descreve a forma qualitativa do tempo kairos(o “tempo de Deus”), enquanto chronos é de natureza quantitativa (o “tempo dos homens”),logo,  há o tempo de Deus e o tempo dos homens, e, uma vez que Deus é Eterno (Deuteronômio 33:27), ele transcende a todas as limitações do tempo.

 Nas sociedades ocidentais, especialmente para as culturas capitalistas, o tempo é entendido como “mercadoria”, este pode ser comprado ou vendido. Para confirmar esta acepção, criou-se a expressão: Tempo é Dinheiro”, (Benjamim Franklin -1706-1790).

 No entanto, para outros povos, o tempo precisa ser criado, produzido, logo, o homem não é escravo do tempo, uma vez que o tempo de que precisa é “produzido” por ele, então, por conta de sua filosofia e atitude em relação ao tempo, muitos destes povos são vistos como indolentes e  preguiçosos.

 Nos dias de hoje, tempo, trabalho e dinheiro parecem ser três aspectos de uma mesma realidade, assim, apoiados neste tripé, seja aqui na terra (dinheiro) ou seja no céu (boas ações), seguimos nos preocupando mais em acumular para o futuro, que viver o tempo presente, ou seja, estamos de olho no que ainda sequer foi experimentado.

 Sábia mesma é a tradição dos muitos povos africanos tradicionais que diz ser o futuro apenas uma repetição cíclica do que já se viveu, logo, por que nos precouparmos com ele?, e tinha toda a razão o filósofo Teofrasto (372-287 a.C.) que há séculos dizia: O tempo é muito caro, conclui-se então: -Para que desperdiçá-lo pensando no que não se sabe se virá ou para que pensar no que já foi vivido.

A verdade e que o tempo é cíclico, não pode ser controlado, ele é a repetição dentro da mudança.

 E, somente as muitas formas narrativas são capazes de resgatar o passado, narrar o próprio presente ou “prever” o futuro.

 

 

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