Vou-lhes contar a história
De um conhecido meu
Seu nome é Lourival
Estranha a situação
Do meu amigo Lourival
Não sabia se era do bem
Ou se amava o mal
Coitado do Lourival
Tudo o que lhe ensinado
Parecia a ele dizer
Que tudo do que ele gostava
Era pecado e não prazer, então,
O melhor era, “certas coisas”
Não fazer
Pobrezinho do Lourival
Vivia amuado lá no fundo do quintal
Foi minguando
Foi secando
Até desaparecer
Assim morreu Lourival
Não tão velho e
Nem tão moço
Não tão magro
Nem tão gordo
Não tão bom e
Nem tão mal
A alma de Lourival, dizem
Que hoje vaga por aí
Atormentando quem passa
Pelo fundo do quintal
Pois lá está a alma do Lourival
A perguntar a todo mundo:
Isto é bom ou isto é mal?