Uma mulher é acusada de jogar a filha recém-nascida no Rio Arrudas, em Contagem (MG). Interrogada, disse que a menina já estava morta quando foi atirada no rio.
Juridicamente, claro que há diferença entre, primeiro matar e depois jogar o cadáver no rio e “apenas” jogar o cadáver no rio, já, emocionalmente é uma outra história, bem diferente, mesmo.
Qualquer que seja o desfecho desta julgamento, não nos cabe julgá-la, apedrejá-la ou condená-la, mas temos o direito de nos indignarmos e perguntarmos: -Como pode tamanha loucura? Sim, loucura, seja ela provocada pelo desespero, por uma bruta depressão ou por pura insensibilidade ou desamor, só pode ser loucura.
Recuso-me a classificar esta atitude como sendo humana, ainda que alguns venham a dizer que, nestes tempos loucos, é uma atitude “humana, demasiadamente, humana”.