LABIRINTOS (por Sônia Moura)
Quando os homens que carregaram meus móveis pesados
Saíram lá de casa
As marcas de seus sapatos enlameados
E de seus passos apressados
Marcaram fortemente o meu chão
Criando labirintos na minha imaginação
Quando o homem que eu amei por tanto tempo
Saiu da minha vida
Todas as nossas lembranças foram embalsamadas
E as marcas de todos os nossos risos
Fantasiaram – se de alegrias esperançosas
E ainda hoje formam labirintos na minha imaginação
[Da obra: Coisas de Adão e Eva]