FRATURA EXPOSTA

recém-nascido

FRATURA EXPOSTA

Assistindo a um programa sobre nascimentos, não sabia se ria ou se chorava, pois na hora que o bebê foi retirado da barriga de mamãe por meio de uma cesariana, colocaram aquela tarja preta no bilauzinho do recém chegado ao mundo. Sei que era um menino, pois o narrador disse: -É um menino!

Acho que se fosse uma menina haveria duas tarjas uma delas iria para os “seios” e a outra, já se sabe.

Tarja Preta

Claro que não era um programa tupiniquim, e sim, da América lá de cima.

De fato, não consigo entender: será esta uma questão legal? Não lhes é permitido mostrar sequer o órgão genital de um recém-nascido? Será receio dos famigerados processos legais que, quase sempre, redundam em somas vultosas para quem perde a ação? Ou estará esta atitude ligada a questões religiosas? Ou ainda, será por conta de pressões feitas por grupos extremistas?

Não sei a resposta, mas, sinto que há algo muito errado nesta história, para mim, soa como uma grande fratura exposta, que foi plantada na estrutura social, refletindo-se em comportamentos e em pensamentos desconjuntados, a rasgar o tecido social, fazendo-o sangrar. Neste caso, existe, ainda, o risco de uma infecção social, que poderá levar à morte da espontaneidade, da inocência e do prazer de se ver o natural.

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