“EU TENHO UM SONHO”!

acorrentados

Ao ler, pela internet, um informativo sobre a história da luta dos negros nos Estados Unidos, em que os nomes de seus líderes se mostra, pensei:  – Certamente haverá algo na internet sobre a liderança ou sobre os líderes negros no Brasil.

No entanto, o que encontrei foi desanimador e triste, ou seja, encontrei quase nada.

Num dosites encontrei uma pesquisa, cuja pergunta era: “Quais os líderes negros que mais se destacaram?” , assim mesmo, sem dizer época ou país.

A maioria absoluta dos internautas respondeu à pergunta citando nomes como: Kunta Kintê, Malcolm X, , Idi Amin Dada, Touissant Louverture, Nelson Mandela, Patrice Lumumba, Martin Luther King, Agostinho Neto, Kwame Nkrumah.

E os líderes negros brasileiros?
Ah! Que decepção, apareceram somente em cinco respostas, eis algumas delas (Como esclarecimento, um pouco sobre os brasileiros citados):

R – … um cabo da marinha conhecido como almirante negro na época da Revolta da Chibata

João Cândido e A Revolta da Chibata: Os marinheiros nacionais, quase todos negros ou mulatos comandados por uma oficialidade branca, em contato cotidiano com as marinhas de países mais desenvolvidos à época, não podiam deixar de notar que as mesmas não mais adotavam esse tipo de punição em suas belonaves, considerada como degradante. O uso de castigos físicos era semelhante aos maus-tratos da escravidão, abolida no país desde 1888.

R – No Brasil: – Zumbi, líder do Quilomobo dos Palmares (1695) e o – Mestre-de-Campo HENRIQUE DIAS, comandante de um Terço, que combateu os holandeses, em Pernambuco

Zumbi dos Palmares: Zumbi nasceu livre em Palmares, Pernambuco, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado “Francisco”, Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar das tentativas de torná-lo “civilizado”, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos.

Henrique Dias: Devido aos serviços prestados, recebeu títulos de fidalgo, a mercê do Hábito da Ordem de Cristo e a patente de Mestre-de-Campo. Conhecido como Governador dos crioulos, pretos e mulatos do Brasil, envolveu-se ainda na repressão a quilombos, tendo sido cogitado pelo Vice-Rei Marquês de Montalvão, em novembro de 1640, para combater um quilombo no sertão da Bahia, o que foi recusado pelos vereadores de Salvador. Como Mestre-de-Campo, comandou o Terço de afro-brasileiros do Exército Patriota nas duas batalhas dos Guararapes (1648 e 1649), vindo a falecer em 1662, oito anos após a vitória sobre os holandeses

R – … como desportista o Pelé.

Pelé: Recebeu o título de Atleta do Século de todos os esportes em 15 de maio de 1981, eleito pelo jornal francês L’Equipe. No final de 1999, o COI, através de uma votação internacional entre todos os Comitês Olímpicos Nacionais associados, também elegeu Pelé o “Atleta do Século”.

EU TENHO UM SONHO…
Desejo que também surja em meu país um KING, e, com a mesma paz, o mesmo amor e a mesma serenidade do pequeno – grande Gandhi, deixe entreabrir muitas, mas muitas Rosas nos parques, e que nossas crianças venham a sentir orgulho de sua cor, seja ela, branca, amarela, vermelha ou negra.
A cor da pele realmente não importa, porque todos precisamos nos conhecer, criar laços, construir identidades.
Todos precisamos nos reconhecer, porém, o apagamento da imagem, o silêncio da verdade ou a reclusão histórica, embota a luz que deve brotar naturalmente em todos nós quando pensarmos em nossa história de vida e em nossos antepassados. Assim, que os nomes de negros, brancos e índios do nosso Brasil, possam ser mostrados, para que todos venhamos entender que vivemos sob a luz da mesma bandeira.

EU TENHO UM SONHO…

Um dia iremos entender que, neste planeta, só existe uma raça: A RAÇA HUMANA, e todos somos iguais, ao menos, nesta classificação: somos humanos, demasiadamente humanos! Assim, ao menos biológica e sociologicamente estaremos todos acorrentados uns aos outros, sempre, sempre.

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