ALMAS ABANDONADAS

 ALMAS ABANDONADAS

ALMAS ABANDONADAS (Autoria Sônia Moura)

É tempo de dias nublados, decadentes
Quando o cinza arrasta suas grossas correntes
Pelos desvios de manhãs pálidas e vazias
E pelos becos zanzam madrugadas sombrias
Que matam os sentidos de palavras desertas
Jogando seus restos por fendas abertas
Em desertos onde a areia fria
Mostra o silencio de uma noite arredia
Na qual pássaros, em suas árvores nuas,
Entoam cânticos tentando alcançar a lua
Que se esconde por trás de uma nuvem escura
Deixando homens e pássaros a sua procura
Enquanto a virgem da manhã dourada
Adormecida ao pé da madrugada
Sorri para o poeta que canta em versos
Seu louco e destemido amor transverso
E em socorro das rotas almas abandonadas
Deuses descem dos céus em revoada
Para alegrar-lhes com uma nova alvorada

(Da obra: POEMAS em TRÂNSITO de Sônia Moura)

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