ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA (Autoria: Sônia Moura)
ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA (Autoria: Sônia Moura0 A lei nº 3.353, de 13 de maio de 1888, de autoria de Rodrigo Augusto da Silva, ministro dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e interino dos Negócios Estrangeiros, deputado e depois Senador, que não previa nenhuma forma de indenização aos fazendeiros, dizia:A assinatura da Lei Áurea foi decorrência de pressões internas e externas: o movimento abolicionista já tinha grande força no país, havia freqüentes fugas de negros e mulatos, o exército já se recusava a fazer o papel de capitão-do-mato, ou seja: capturar e devolver os escravos a seus donos.
Além disso, estava se tornando economicamente inviável manter o trabalho escravo, em face da concorrência com a mão-de-obra imigrante, barata e abundante, todos esses fatores conjugados e os ataques constantes dos negros, muitos deles refugiados em quilombos, às propriedades agrícolas, como mostrou Joaquim Manuel de Macedo em seu livro: As Vítimas-Algozes. (http://wapedia.mobi/pt/Lei_Áurea)
No Brasil, falta muito, mas muito mesmo, para que os negros venham a ter seus direitos assegurados, pois, como sabemos, a lei proíbe e coíbe o preconceito, mas, infelizmente, não lava as mentes e as almas que se encontrarem entranhadas por todas as formas de pré-conceitos.
Assim é que, mesmo com o passado escravocrata que condena o país à vergonha eterna, louvemos a Lei Áurea, porque, mesmo com suas “imperfeições”, ela foi um dos primeiros passos ao qual vamos, muito lentamente, somando outros passos, desta longa caminhada, a qual precisamos percorrer para mostrarmos ao mundo que alma não tem cor e ela é o que importa, pois, a carne apodrece e a cor da pele se perde no meio da podridão ou do fogo, mas, a alma não!
VEIO A CALHAR
No instante em que escrevo, vejo/ouço no noticiário noturno um deputado irado a falar contra as propostas do governo para que o país faça justiça aos negros.
Gritem também, senhores, gritem, mas, lembrem-se de que, este não é um país que dê os mesmos direitos a todos, aliás, é sim, mas só no “papel”. Embora insistamos em negar , a verdade é que somos um país racista, sim!
Chega de taparmos o sol com a peneira, é necessário que se faça justiça a quem sofre por um passado histórico que sempre segregou os negros e a seus descendentes e, convenhamos, ainda segrega.
É, senhor deputado, fazer justiça, ainda que tardia não pode, mas segregar, pode, certo?
Bom Dia
Trabalho na Base Editora e gostariamos de utilizar a charge acima em uma obra didática. Com quem posso falar sobre autorização de uso?
Atenciosamente,