REFLEXOS

REFLEXOS (Autoria: Sônia Moura)

Com todo o respeito aos amigos que me encaminham mensagens (pps), confesso que não sou expert no assunto ou mesmo sou grande admiradora deste tipo de mensagem, embora algumas sejam, de fato, bem interessantes. Normalmente, eu não costumo reenviá-las, ainda que, às vezes, algumas me surpreendam.

Hoje recebi de um amigo um desses famosos pps com uma bela imagem de um rochedo, cuja imagem era refletida em águas calmas e claras de um lago.

Segundo o texto que acompanha a imagem, esta foto só pode ser feita num determinado período do ano, quando a incidência da luz solar sobre o rochedo e o lago nos permitirá ver a espetacular imagem refletida.
Para que você consiga ver o espetacular da imagem, deverá fazer algumas acrobacias como inclinar a cabeça sobre o ombro esquerdo e outras mais.

Como sabemos, tudo isto pode ser uma “farsa”, ou seja, “uma montagem”, mas, ainda que seja um arranjo, o resultado é, de fato, muito belo.
E, o que aprendi com este “exercício de ver”? Por que não consegui enxergar a completude da  imagem que a foto mostrava?

Aprendi que eu procurava “ler” a figura, sem ligá-la à imagem, sem uni-la à sua projeção nas águas do lago.

No entanto, quando descobri o que esta união formava, vi que, para enxergar o todo,  tudo dependerá do meu olhar, do que eu priorizo, do que valorizo, do que eu, verdadeiramente, queira ver.

Esta instigante e intrigante  imagem, formada pelo reflexo do rochedo na água, só pode ser vista se unirmos a dureza do rochedo com a leveza da água, ou seja, se unirmos o exterior (rochedo) e o interior (o reflexo), contando, é claro, com a clareza da água, que nos mostra o quase invisível.

Montanha da paz

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