IMAGEM E MOVIMENTO – uma introdução
(AUTORIA: SÔNIA MOURA)
O homem sempre gostou de contar suas histórias e, é através da oralidade, do desenho, da música, da dança ou da representação teatral, entre outros modos de expressão, que o percurso histórico da humanidade se perpetua.
Este fato já se manifesta desde o tempo em que o homem habitava as cavernas e este já eternizava seus feitos e seu dia a dia por meio de desenhos, e, entre muitos relatos icônicos, pesquisadores encontraram desenhos que simulavam movimentos.
Esses traçados nos levam a concluir que o homem sempre desejou captar os movimentos em suas representações figurativas. Como exemplo, temos em Altamira, na Espanha, um desenho com mais de 12 mil anos, mostra um bisão, que apresenta 8 patas, como se o autor tentasse decompor o movimento do animal reproduzido.
O desejo manifesto do homem de contar e registrar a sua história, através da imagem em movimento, se dá, também, por meio das famosas Sombras Chinesas, as quais não passavam de silhuetas projetadas numa parede ou tela, conhecidas, na China, 5.000 anos antes de Cristo.
Outro recurso artístico empregado na arte de contar histórias, foi a criação de um projetor de imagens fixas (um dos jogos óticos precursores do cinema) denominada de a Lanterna Mágica – a qual funcionava mediante iluminação a vela ou a acetileno, com imagens desenhadas sobre placas de vidro. Um bom modelo tem seu registro no século XVIII, é a lanterna mágica do alemão Athanasius Kircher, que é composta de uma caixa, uma fonte de luz e lentes que enviavam imagem para uma tela.
Chegamos ao século XIX, quando a fotografia passa a ser uma nova forma artística de registro histórico.
No século vinte, a nova forma de produção artística é o cinema, arte multiplicadora social que mais tarde, juntamente com a televisão, passa a ser considerada como “cultura de massa”.
No que se refere ao cinema e à sua história, 28 de Dezembro de 1895 é uma data especial, pois, neste dia, no Salão Grand Café, em Paris, os Irmãos Lumière fizeram uma apresentação pública dos produtos de seu invento ao qual chamaram Cinematógrafo.
No final século XX, começa a tomar conta do mundo, agora dito globalizado, a rede de computadores com todos os seus poderosos recursos, criando e recriando artes, imagens e movimentos. A diferença pe que agora as mudanças e os movimentos vêm a galope e/ou com a rapidez de um raio, trazendo cores, luzes e sombras para este mundo em constante movimento.
Percebe-se, então que a criação da imagem, aliada aos movimentos, (re)criam mundos impregnados de polivalências significativas, o que enriquece o valor simbólico das artes, permitindo as diferentes leituras que delas se pode fazer.
(Autoria: Sônia Moura)