À Rainha Regina, ae

flores amarelasComo é surpreendente este mundo, em que fatos inesperados são capazes de aproximar almas amigas que, apenas, geograficamente estiveram e estão distantes.

Foi num vôo de volta para casa, para a Cidade Maravilhosa, após um mês extenuante em Imperatriz do Maranhão, em que o trabalho tomou todo o meu tempo, deixando-me exausta, mas extremamente feliz com os resultados finais do meu trabalho e com as sementes plantadas nas mentes e nos corações ávidos por aprender, que conheci Regina, ou melhor, Maria Regina.Quis o destino que nos conhecêssemos numa situação, como direi, bem delicada. Vou contar-lhes esta história:

Um rapaz havia passado mal e vomitado sobre bancos e passageiros do avião em que viajávamos (situação constrangedora para todos), então, Regina foi obrigada a trocar de assento, vindo sentar-se a meu lado. Logo entabulamos uma conversa gostosa, e descobrimos que tínhamos muito em comum, especialmente, a profissão, ambas somos professoras e amantes do nosso ofício.

A afinidade imediatamente apresentou-se a nós e isto fez com que a viagem passasse muito rapidamente, ou seja, esta foi a sensação que tive. Ao chegarmos a Brasília (ou foi a São Paulo?), Regina transferiu-se para outra aeronave e eu lhe prometi que, quando ela retornasse a São Luís, sua querida cidade, já encontraria uma cartinha contando as novidades. Promessa cumprida.

A resposta à minha carta, veio com aquela aura de felicidade, com cheiro de alegria que se espalhou pela casa. Pronto, eis uma nova amiga que também gosta de saborear palavras, eis uma amiga que gosta de compartilhar amizade, afetividade e alegrias, sem se afastar nos momentos de tristeza ou angústias por que todos passamos. Pude comprovar a força desta amizade, ao passar por uma situação bem desagradável, e Regina, mesmo com a distância geográfica a nos separar, mostrou-se uma amiga de fé, irmã, camarada, como diria o rei Roberto Carlos, de quem tomo emprestadas estas palavras para qualificar uma verdadeira rainha.

Assim são as verdadeiras rainhas, mantêm a altivez sem deixar de lado a simplicidade, são elegantes não só pelas roupas que vestem, mas por seus gestos, por suas ações, não é a coroa que lhes enfeita a cabeça, são seus pensamentos voltados para o outro, para a cooperação, para o amor ao próximo.

Enquanto os latinos declinam-lhe o nome, Maria Regina, eu me inclino principalmente à sua realeza espiritual.

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