A JUSTIÇA É CEGA MESMO?

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Leiam estas notícias:

1a. notícia:

Dom, 01 Jun, 08h30
Grávida fica 3 dias presa por tentar furtar lata de leite

A desempregada Patrícia Galvão Camelo, de 33 anos, ficou presa por três dias, em uma delegacia de Fortaleza, por tentar roubar uma lata de leite em pó de uma padaria. Grávida de seis meses, ela disse que estava com fome e sem dinheiro para pagar. Ela não chegou a levar o produto e foi presa em flagrante. A grávida só foi libertada anteontem mediante alvará de soltura expedido pela Justiça.

“Autônoma, Patrícia não consegue mais trabalho. “Desde que eu fiquei grávida, o pessoal não me dá mais trabalho. Tentei até negociar com eles (os funcionários da padaria) para que eles me dessem esse leite, porque eu poderia chamar um amigo para pagar. Tem tanta gente aí fora que comete tantos crimes, né? E eu com fome, muita fome. Fome de doer meu estômago”, afirmou à TV Verdes Mares, afiliada da Rede Globo, quando estava presa.”

2a. notícia (Sobre um deputado Estadual (RJ) e sua entourage)

“A conclusão da PF é um dos mais importantes trechos da denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público Federal contra Lins e outros 15 acusados. Para comprovar a evolução patrimonial do deputado, os policiais utilizaram documentos dos cartórios do Rio, além de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e do Ministério da Fazenda sobre o parlamentar e sua família. Foi comprovado, segundo a PF, que os “laranjas” não tinham rendimento suficiente para adquirir os imóveis.”

Dentro da Lei, muitos já foram soltos, seja por força de uma “lei” protecionista e exclusiva para os senhores e senhoras parlamentares, seja por força de outros tipos de força, mas que eles não estão na cadeia, não estão, mesmo.

A grávida que furtou a lata de leite só não está na cadeia, graças ao bom senso do delegado que, também dentro da Lei, buscou uma solução para o caso:

“ O próprio delegado providenciou a documentação necessária para que a grávida pudesse deixar a cadeia. Teixeira se baseou no princípio da insignificância penal. “Não compensa ao Estado mover a sua máquina processual para condená-la, porque tudo isso vai custar mil vezes mais que o valor da lata de leite”, explicou.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O que caberia melhor neste espaço, seria a pergunta: A Justiça é cega  mesmo? ou seria a afirmativa: A Justiça é cega, mesmo! ?

(Compilado do site: www.niu.com.br em 01/06/2008)

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