PARABÉNS, PROFESSORES!

parabéns, professores!

PARABÉNS, PROFESSORES!

  Sendo eu uma professora que conhece bem as glórias, as virtudes, as derrotas, as frustrações, as alegrias, os descontroles, ou seja, as fortes emoções a que estão sujeitos aqueles que exercem esta profissão, o que escrever sobre este dia, em que se comemora o dia do mestre?

 Creio que o melhor a fazer é falar sobre os mestres com os quais aprendi muito do que aplico em minha vida, e, saibam todos, não me refiro aqui às regras gramaticais, à resolução de equação e de raízes quadradas, à boa pronúncia de um outro idioma, a saber o nomes dos estados brasileiros e de suas capitais (hoje dizem que isto não tem lá muito valor, mas eu gostava de saber isto) ou qualquer outro ensinamento meramente restrito às disciplinas.  Não, hoje vou falar do que ficou tatuado na minha pele, no meu cérebro e na minha alma e que carrego comigo, não como um fardo, mas como um privilégio, sim privilégio por ter tido a sorte e a honra de ter convivido com estas pessoas, que, para mim, eram a representação do aprendizado especial sobre o que é a vida e como vivê-la com dignidade.

 A minha primeira professora chamava-se Adir da Conceição, hoje ainda a vejo como um modelo de força de vontade e dedicação, a professora Adir precisava dividir o quadro em quatro e dar aula para crianças de todas as idades e de todas as séries, deveríamos ser umas quarenta alunas em sala de aula e, pasmem, sem mochilas pesadas às costas, sem “muitos tudo pode”, decorando, sim, a tabuada e soletrando o bê-a-bá, chegávamos lá, e muito, muito bem.

 Depois vieram os professores do ginásio, são muitos, vou falar sobre alguns: Professora Elizabete, de geografia, com sua voz meiga, muito carinhosa, nos chamava de “florzinhas”, uma graça; professora Leda, de história que sabia contar histórias e nos premiava com o seu Livro de Ouro, todos podiam nele escrever, mas, quem tirava boas notas, tinha o privilégio de escrever com a caneta dourada da própria professora, era um orgulho só!

 Professor de Português: Renan Victória da Silva, grande mestre das letras. Professor Renan tinha um hábito, vivia remexendo na pedra do anel de grau (antigamente se usava isto). Um dia escreveu em uma de minhas redações: Dez (10,00), com louvor e honra! Nossa! Fui até as nuvens e voltei!

 O tempo seguiu e muitos outros mestres cruzaram o meu caminho, de alguns fui aluna, de outros, colega, e, com todos aprendi um pouco mais sobre a vida.

 Creio que eu, no exercício dessa digníssima profissão, também plantei boas sementes em muitos corações, e que estas boas sementes  estejam se multiplicando, em  outro solos.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *