TEMPO ABOLIDO (por Sônia Moura)
– Eu é que não vou me arriscar, não vou sair, não vou amar, não vou buscar, não vou tentar. Para quê? Para naufragar? Nem pensar.
Assim falou e assim fez.
A partir daí, Eulália trancou as portas da vida, abafou o coração, anulou a ilusão, e recebeu o medo como companheiro.
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Não demorou muito tempo e Eulália morreu de tédio.
(Da obra: Coisas de Mulher de Sônia Moura)