O EFÊMERO E O ETERNO

                                                  O EFÊMERO E O ETERNO

O EFÊMERO E O ETERNO 

(Autoria: Sônia Moura)

    ·       

·        Efêmero foi aquele beijo que a menina-moça trocou no baile há tanto tempo. Eterna é a lembrança que ela guarda do jovem e do beijo, ainda hoje, aos oitenta anos.

         .          

·        Efêmera foi a dor que o jovem sentiu quando ela partiu sem poder lhe dizer sequer adeus. Eterna é a saudade daquele olhar, banhado em lágrimas, pois ela não queria partir.

.      

·        Efêmera foi a ofensa jogada ao vento, na hora do desespero pela traição. Eterno é o peso do que foi dito injustamente e que ficou cravado em seu coração.

·         

·        Efêmera foi a injustiça que ela sofreu e perdeu o seu merecido lugar para outra. Eterna é a certeza de que a vida dá muitas voltas, pois a injustiça foi corrigida pelo destino e ela alcançou postos melhores em outra empresa.

·         

·        Efêmera foi a angústia da adolescência, quando se sentia rejeitada e ouvia dos colegas muitos apelidos pejorativos. Eterna é a lembrança da dor que aquelas palavras lhe causavam, ainda que hoje ela seja uma linda mulher.

·         

·        Efêmera foi a certeza de que ele seria o único amor de sua vida. Eterna é a certeza de que, de fato, para a jovem, ele foi o único amor de sua vida.

·         

·        Efêmera foi a tristeza da menina que se viu rejeitada pelos pais. Eterna é a certeza de que a ferida da rejeição sumiu, mas, a cicatriz pelo abandono ficará, para sempre.

·         

·        Efêmera foi a dúvida sobre o amor que ele dizia sentir por ela. Eterna é a constatação de que nem sempre as palavras dizem verdadeiramente o que vai no coração alheio.

                                                            O EFÊMERO E O ETERNO

                                                       

 

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *