FRÁGIL FLOR

 FRÁGIL FLOR

FRÁGIL FLOR

Diziam que ela era frágil como uma flor, mas que se transformava ao receber as carícias do seu beija-flor.
Diziam, também, que, nos momentos de sexo e do amor, a frágil moça abria-se em pétalas, desabrochava, crescia, se fortalecia e, como ninguém, sabia deixar fluir o néctar na hora do prazer, deleitando-se em gozo ao receber o mel que escorria manso e, ao mesmo tempo, voluptuoso do bico do seu amado beija-flor.
Numa dessas manhãs malfadadas, o beija-flor voou para bem longe, deixando entregue a muitas dores aquela frágil flor e também levou com ele uma das relíquias daquele amor – o pingente em forma de coração, com uma pequena conta de rubi cravejada bem no centro do coração, como se fosse um punhal a ferir o peito e a alma.
Para a frágil flor, aquele era o símbolo de tudo o que representavam um para o outro e, desde este dia, ela nunca mais os viu e nunca mais viveu o bom do amor.
Dizem que, até hoje, os médicos não conseguem explicar e muito menos entender, como a triste flor continua a viver, se o coração dela nunca mais parou de sangrar.

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